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Política & Poder

“Não existe mais partido. O nosso partido é o Brasil”, diz Bolsonaro a governadores

Arquivo Geral

14/11/2018 14h46

Presidente eleito Jair Bolsonaro entre os futuros governadores João Doria (SP) e Ibaneis Rocha (DF). Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Francisco Dutra
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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) acenou positivamente para a revisão do pacto federativo. O futuro responsável pelo Palácio do Planalto declarou no Fórum dos Governadores que pretende começar a reformulação das regras orçamentárias da União e dos estados para enfrentar a crise econômica sem fazer distinção entre partidos. Bolsonaro também demonstrou a intenção de rever a política ambiental com foco para o desenvolvimento econômico.

A reunião foi organizada pelo governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), junto aos governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, João Dória (PSDB) e Wilson Witzel (PSC). Ao todo participaram 20 governadores e um vice-governador governador. Um detalhe importante é que a maioria dos futuros governadores do Nordeste não participou. As unidades da Federação buscam alternativas para a crise financeira, como revisão de dívidas com a União, flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e mais financiamentos.

“A partir desse momento nós não temos mais partidos. O nosso partido é o Brasil”, afirmou Bolsonaro. Segundo o próximo presidente, a discussão de mudanças está em curso no Congresso, deixando claro que remédios amargos, mas necessários, estão na pauta. Um ponto controverso, por exemplo, é a reforma da Previdência. O presidente eleito declarou que está com mente aberta para ouvir e buscar soluções com os governadores. “Faremos todo o possível para atende-los, independentemente de posição política ou partidária”

Para Bolsonaro, o momento é favorável a mudanças. “Nós temos que fazer política, diferentemente de outro momento. Não teremos outra oportunidade de arrumar o Brasil”, ponderou.  A questão é que a revisão do pacto é um assunto antigo, mas até hoje não saiu de fato do papel. “Confio em vocês. E vocês podem confiar em mim. E como irmãos, vamos buscar soluções. Mais do que isso, vamos dar uma satisfação a esse povo que acreditou em mim e em cada um dos senhores”, disse o próximo presidente.

Jair Bolsonaro no Fórum dos Governadores. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Meio ambiente

Bolsonaro confirmou a tendência de uma agenda de desenvolvimento mais agressiva. “Nós também queremos preservar o meio ambiente, mas não da forma como está aí”, declarou. O militar da reserva não revelou o nome do futuro ministro do Meio Ambiente. Todavia foi categórico ao afirmar que a pessoa irá facilitar a liberação de licenças ambientais. “Não será a toque de caixa, mas pode ter certeza de que muitas delas serão resolvidas”, enfatizou. Para Bolsonaro, a medida ajudará o aquecimento da economia pelo agronegócio.

“Ninguém ali fora consegue entender o Brasil com potencial que tem está na situação em que se encontra”, criticou. Neste contexto, o futuro presidente compara as diferenças entre o Brasil e países com poucos recursos como Israel e Japão. “Olha o que eles não e veja como eles estão”, questionou.

Segurança

O futuro responsável pelas chaves do Planalto também considera importante a adoção de medidas para diminuir a temperatura da insegurança no Brasil. O combate à criminalidade foi uma das principais bandeiras de Bolsonaro na eleição de outubro.

Fórum dos Governadores. Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

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