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Política & Poder

MPDFT apreende dólares em igreja de Sandra Faraj e suspeitas de crime aumentam

Arquivo Geral

27/04/2017 17h20

Sergio Kremer

Eric Zambon
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Os cofres da Comunidade Ministério da Fé, da deputada distrital Sandra Faraj (SD) e de seu irmão, o segundo suplente de senador Fadi Faraj (SD), estavam cheios de moeda nacional e estrangeira. O dinheiro foi apreendido pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), na manhã desta quinta-feira (27), como parte da Operação Heméra, e agora segue para análise da Procuradoria-Geral do órgão. Até o momento, o valor não foi contabilizado.

A operação foi deflagrada pela manhã e apura se a parlamentar cobra dízimo de até 30% do salário de pessoas em cargos comissionados indicados por ela. A suspeita é que os crimes aconteçam na Secretaria de Justiça (Sejus), na Administração de Taguatinga e no próprio gabinete da deputada.

Em nota lançada no início da tarde, a assessoria de Sandra alegou que ela ” apura os fatos ocorridos”, mas, como ainda não teve acesso a detalhes do processo, ela vai esperar para se manifestar. “Estamos contribuindo com esclarecimentos e informações demandadas pelos promotores”, diz a nota.

Questionada, a Administração Regional de Taguatinga respondeu que “nunca identificou e nem tem conhecimento de repasse de dinheiro pelos servidores comissionados desta RA”. Já a Secretaria de Justiça ainda não se manifestou.

A deputada já enfrenta um processo de cassação do mandato por suspeita de ter embolsado R$ 174 mil em verba indenizatória da Câmara Legislativa. Ela teria dado calote na empresa Netpub, contratada para criar um sistema de informática em seu gabinete, no 4º andar da Casa, mas ainda assim teria pedido o reembolso.

Precedente

O ex-jogador de futebol Jardel, hoje deputado estadual no Rio Grande do Sul, foi alvo de ação similar à sofrida por Sandra Faraj. O antigo ídolo do Grêmio foi acusado pelo MP regional de reter até R$ 30 mil de seus servidores comissionados do gabinete.

O destino de Jardel foi a perda do mandato, sacramentada em dezembro de 2016 por unanimidade da Assembléia Legislativa do RS. Foram 51 votos a favor da cassação e nenhum contra.

O processo contra Faraj na Câmara está congelado nas mãos do corregedor da Casa, Juarezão (PSB).

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