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Política & Poder

Entrevista com Kim Kataguiri: “like não é voto”

Lindauro Gomes

29/04/2019 7h10

Da Redação
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Neto de imigrantes japoneses, Kataguiri é uma das principais figuras do movimento liberal brasileiro moderno. A revista americana Time elegeu o ativista como um dos jovens mais influentes do mundo em 2015 e, em 2018, foi eleito deputado federal pelo DEM, em São Paulo, sendo o quarto candidato mais votado.

Nascido em Salto, São Paulo, Kataguiri se considera de direita liberal. “Eu acredito que o Estado tem que prover os serviços essenciais e nada mais. Não tem que ser empreendedor, não tem que ser empresário, não tem que meter o bedelho no que é assunto pessoal das pessoas”, afirma.

Kim Kataguiri durante discurso no Plenário da Câmara. Foto: Agência Câmara

Em relação aos programas assistenciais, Kim explica que não podem se tornar um meio de eleger o governante na próxima eleição, para ele é importante “ter uma assistência mínima para aqueles que não conseguem se manter, mas sempre visando uma porta de saída para que o programa de assistência não se torne uma moeda de troca para o governante se eleger na próxima eleição”.

O cofundador do MBL explica que, apesar de ser um candidato de direita, não acredita que o apoio incondicional a um candidato existe e que “se for aliado incondicional é porque tem rabo preso, de qualquer ideologia, seja direita, esquerda ou centro”. Para ele existe o apoio de ideia e, a partir do momento em que determinado candidato segue as ideologias parecidas com a dele e de seu partido, merece o apoio e ganha seu voto, do contrário, não se sente na obrigação de votar no candidato.

Com mais de 1,4 milhão de seguidores no Facebook, 467 mil no Twitter, 1,2 milhão no Instagram e 519 mil no canal no YouTube, o deputado não acredita que as redes sociais foram responsáveis por sua eleição, mas são uma maneira de se conectar com o público eleitor ou seguidor da mesma ideologia. Kataguiri conta que um dos seus lemas durante a campanha eleitoral era “like não é voto”. Ele explica que “muitas pessoas podem te conhecer, podem gostar do que você faz, mas acreditar que você não tem o perfil para ocupar aquela posição”.

Questionado por Mazzini sobre a atual situação política, diante da Reforma da Previdência, Kataguiri conta que o governo “perde muito tempo com picuinha, com briga interna, com coisas de pouca relevância e foca pouco na Reforma da Previdência”. Para ele, defensor declarado da reforma, ainda mais radical do que a apresentada pelo Governo, o atual presidente, Jair Bolsonaro, demorou mais do que deveria para apoiar a reforma publicamente.

“A primeira grande demonstração que a gente teve do presidente foi o último pronunciamento nacional. […] Isso tinha que ser feito a partir do momento em que ele venceu a eleição”, justificou. O parlamentar reforça que trabalha para que o texto seja aprovado e é totalmente a favor da reforma, mas não acredita que ela será aprovada da maneira que foi apresentada.

Kim Kataguiri. Foto: Agência Câmara

Durante a entrevista, Kataguiri comentou, também, sobre uma possível reforma tributária ainda neste mandato, e acredita que pode ser, se ajustada, aconteça na gestão de Bolsonaro. Para saber mais sobre o posicionamento e as ideologias de Kim Kataguiri, você pode conferir a entrevista completa no canal de YouTube do Jornal de Brasília e na Coluna Esplanada.

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