Menu
Política & Poder

Imóveis encalhados do DF vão a programa de moradia

Arquivo Geral

06/06/2016 10h59

Foto: Josemar Gonçalves

Francisco Dutra
[email protected]

Com lançamento previsto para este ano, o programa Habita Brasília buscará reaquecer a construção civil no Distrito Federal. Empresários com empreendimentos residenciais particulares parados sem vendas serão convidados a inscrever as unidades nos programas habitacionais do governo. Como os valores do mercado privado são mais elevados na comparação com preços praticados nos projetos públicos, o GDF oferecerá cartas de crédito para a compra de lotes da Terracap em contrapartida.
“Temos que ser criativos e buscar todas as formas para fazer a cidade voltar a crescer e combater o déficit habitacional”, comentou o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), Gilson Paranhos.

Hoje, a falta da casa própria aflige 140 mil famílias no DF. Paralelamente, a construção amarga uma das piores crises da história gerando milhares de desempregados.

“Esperamos lançar o Habita Brasília nos próximos 20 dias, com editais para este tipo de parceria em todo DF. Nosso objetivo é oferecer um programa com o máximo de flexibilidade. Por exemplo, o empresário está com um empreendimento pronto de 150 apartamentos, mas não quer cadastrar todas as unidades porque já vendeu 40. Tudo bem.

Ele pode fazer um cadastro parcial nos programas habitacionais”, explicou Paranhos.
Segundo Paranhos, a nova linha de incentivo busca diminuir o tempo de espera das famílias nos programas habitacionais e levar o setor produtivo a retomar os investimentos. Afinal, a máquina pública não consegue produzir novos empreendimentos atendendo à velocidade da demanda popular. Do ponto de vista do mercado, o projeto busca criar um ciclo produtivo, pois com as cartas de crédito, os empresários serão motivados a erguer obras.

Onde procurar

1 Os postos e assistência técnica estão presentes no Buritizinho, Brazlândia, Estrutural, Fercal, QNR, Porto Rico, Pôr do Sol, Sol Nascente, São Sebastião e Vila Cauhy. O projeto já chamou a atenção da comunidade internacional e dois parcerias estão em negociação. Hoje, a Codhab se reunirá com o Conselho Internacional da Língua Portuguesa (CIALP) para a assinatura de um convênio para intercâmbio. E a conceituada Universidade de Harvard manifestou interesse para um acordo de cooperação técnica.

2 Na semana passada, a Polícia Federal trouxe à público a operação Clã, que tem como objetivo investigar uma suposta organização criminosa que extorquia as pessoas que esperar na fila da Codhab. Gilson Paranhos revelou que desde de 2015, a instituição começou a recadastrar todas as associações que pleiteavam lotes e unidades habitacionais. Segundo o presidente da Codhab, nos primeiros meses de governo, as denúncias de crimes eram frequentes, O universo inicial era de 488 entidades. Em função de diversas irregularidades descobertas, este número encolheu para 333.

3 De janeiro de 2015 até agora, a gestão Rollemberg já contemplou, aproximadamente 9 mil famílias com os programas habitacionais. Esta marca é muito próxima a todo o desempenho do governo de Agnelo Queiroz, ao longo de 4 anos. A administração passada entregou 10 mil residências.

Maior oferta também para o aluguel social

Dentro do novo programa habitacional, o governo Rollemberg também planeja ampliar a oferta do aluguel social e oferecer novas unidades residenciais. “O aluguel também é uma forma de atender as famílias. E também entra na lógica de fomentar a economia da cidade”, diz o presidente da Codhab.

O Executivo ainda está ajustando quanto será disponibilizado e quantas famílias poderão ser contempladas pelo aluguel social. Em relação a novas residências, Gilson Paranhos contou que pelo menos dois editais estão prestes a ser lançados para empreendimentos em Sobradinho e Santa Maria. No total serão construídas 520 unidades habitacionais.

Equipes técnicas
Junto com o Habita Brasília, o GDF pretende fortalecer o projeto dos Postos de Assistência Técnica. Cada um conta com uma equipe técnica para resolver os problemas urbanos da vizinhança com a ajuda da população.
“Promovemos mutirões para as melhorias. Podemos construir uma praça, pintar um muro. Isso levanta a autoestima da comunidade”, comentou Paranhos. As equipes técnicas também verificam se as obras públicas previstas para cada região estão condizentes com as necessidades dos moradores e não estão defasadas. Muitos projetos ficam anos na gaveta e quando recebem verba, estão completamente “ultrapassados”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado