Menu
Política & Poder

Frente anti-Rollemberg é gestada no DF

Arquivo Geral

09/01/2018 7h00

Atualizada 08/01/2018 22h59

Cristovam Buarque: “Por mim, haveria até mais partidos participando (da aliança contra o atual governo)”. Foto: Angelo Miguel/Cedoc

Millena Lopes
[email protected]

Uma grande aliança, com partidos e políticos de tudo que é lado, com o intuito de derrubar o governador Rodrigo Rollemberg nas urnas, em outubro, é gestada na capital. Assim, o senador Cristovam Buarque (PPS) deve se unir ao grupo da oposição de origem rorizista, que reúne até históricos adversários dele, a exemplo do ex-governador José Roberto Arruda. A justificativa de todos os lados é de que é necessário fazer uma união por Brasília.

“Todos têm consciência de que devem ser superadas algumas pequenas diferenças para que tenhamos o melhor para Brasília”, dispara o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), para quem é tempo de diálogo. “É necessário todo mundo conversar com todo mundo. Brasília não pode continuar da forma como está”, diz o peemedebista, que minimiza a aproximação do senador com o grupo.

Quando perguntado se é possível reunir direita e esquerda, Filippelli faz piada: “Direita e esquerda, agora, são sinais de trânsito.”

Cristovam confirma que há um encontro agendado para o próximo mês com os partidos que formam o grupo – PMDB, DEM, PR, PP, PSDB e PTB. Disse que não tem nada contra se fazer uma reunião e tudo a favor, embora a executiva do PPS ainda tenha de opinar. “Por mim, haveria até mais partidos participando. Pena que o PT não queira estar lá, para salvar Brasília”, disse à reportagem.

O senador é, no entanto, cauteloso e ressalva que não tem chapa formada, “pois é só conversa, não casamento ainda”.

Bastidores

No grupo da direita, que há quem insista em dizer que ele não pode ser mais chamado assim, pondera que não se pode ignorar o capital político do senador do PPS. Que as divergências políticas devem ser esquecidas e consideradas apenas as convergências. A principal delas é a oposição ao governador atual.

Oposicionistas dizem ainda que, no plano local, a questão ideológica deve ser esquecida, em detrimento da experiência e competência na gestão.

Quem vai encabeçar esta chapa, no entanto, ainda é uma dúvida que tira o sono dos que sonham com o cargo – e não são poucos. O nome de Jofran Frejat (PR), até então, é o melhor colocado. Mas a definição depende de conversas e definições internas. Até o deputado federal Rogério Rosso (PSD), que já declarou oposição ao governo atual, deve ser ouvido nessa história. Mesmo sem ter definido posição. Ainda.

Até agora, além de Frejat, Alírio e Filippelli, o grupo oposicionista reúne os deputados federais Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB), que também pleiteam o cargo de candidato ao governo. E o advogado Ibaneis Rocha (PMDB), que enfrenta resistência interna no PMDB, mas não esconde o desejo de ser o nome do partido como aposta para as próximas eleições.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado