Lucas Valença
[email protected]
A controvérsia salarial dos servidores da saúde do Distrito Federal foi tema de audiência pública na Câmara Legislativa, na manhã desta terça-feira. O objetivo de representantes sindicais e de membros da área é de que as diferentes categorias possam igualar seus salários.
Alem disso, eles reivindicam reajustes prometidos por governos passados. A audiência pública também contou com a presença de Josélia Praça de Medeiros, representante da secretaria da Fazenda e Planejamento do DF, já que o tema pode afetar o orçamento da atual gestão.
Além da remuneração inicial diferenciada, o problema, alegam os servidores, se dá quando categorias de médicos, enfermeiros e dentistas precisam de apenas 18 anos para atingir o teto salarial, enquanto os servidores da Assistência Pública à Saúde precisam de 25 anos para chegar ao valor máximo.
O deputado Jorge Vianna (Podemos), que preside o debate, defendeu que as categorias deveriam ter os mesmos vencimentos, respeitando as qualificações de ensino. “Todos de nível superior deveriam ter o mesmo salário, como os de ensino médio e outros”, defendeu.
Segundo o secretário de Relações Parlamentares do DF, Renato Andrade, o governador irá cumprir “todas as promessas” de campanha que fez aos servidores e irá pagar a terceira parcela prometida. No entanto, disse preferir não especificar prazo sem o consentimento do governador Ibaneis Rocha.
Confira o vídeo da entrevista com o secretário:
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sindate), João Cardoso, decidiu conceder um voto de confiança ao governo, mas explicou que o Buriti ainda não deu “nenhuma garantia” de que irá pagar a terceira parcela e as reivindicações do setor. “O que percebemos na saúde do DF hoje é uma situação de penúria salarial, de material e de condições de trabalho”, lamentou de forma crítica a governos passados.
