Menu
Política & Poder

Eleições 2018: Arruda não deve ser candidato e apoiará Frejat para o Buriti

Arquivo Geral

20/03/2018 7h00

Atualizada 19/03/2018 22h39

Josemar Gonçalves/Cedoc

Francisco Dutra
[email protected]

A foto do ex-governador do José Roberto Arruda (PR) não deverá estar nas urnas nas eleições de outubro. Segundo personagens do círculo político de Arruda, a chance de uma eventual candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF) é nula. Zero absoluto. O foco do líder político conservador é o fortalecimento a candidatura do correligionário Jofran Frejat (PR) para o comando do Palácio do Buriti. Neste sentido, a reunificação dos partidos de oposição de centro-direita constitui uma prioridade.

Aliados e militantes do grupo político de Arruda não escondem que desejariam o regresso do ex-governador para as linhas de frente eleitoral. Não economizam esforços para pavimentar este eventual movimento. Contudo, o retorno para as urnas não está nos planos do núcleo duro arrudista e do próprio ex-governador. Em conversas reservadas, o ex-senador e ex-governador diz para interlocutores que o candidato natural e do momento para o governo é Frejat. Simples assim. Além de reunir condições políticas, o correligionário também conta com a chancela do partido de ambos, o PR.

Neste sentido, o centro arrudista começou um movimento para reunificar as oposições ao governo Rollemberg (PSB), apostando especialmente em partidos que se aliaram nas últimas eleições, como PR, DEM, PTB e PSDB, além de PP e MDB O antigo acordo de formação de uma grande coligação moderada, cujas candidaturas seriam definidas pelos nomes com mais densidade política e viabilidade, foi recentemente implodida pelos próprios membros, seja por ansiedade, embates de egos ou por divergências de projetos.

Hoje, PR, MDB, DEM e PP estão próximos, mas ainda distantes de formalizar uma chapa. Enquanto PTB e PSDB caminham para outras direções. Até as convenções partidárias, entre junho e julho, o centro político do ex-governador acredita que existe tempo hábil para uma recomposição de forças. Inclusive, neste prazo, as cúpulas nacionais dos partidos deverão definir a estratégia para o Planalto, sempre decisiva para definir as coligações estaduais.

Acusado de coordenar o suposto esquema de corrupção conhecido como Mensalão do DEM, investigado pela operação Caixa de Pandora, Arruda teve o governo interrompido em fevereiro de 2010 e os direitos políticos colocados em xeque pela Lei da Ficha Limpa. No ano passado, foi um dos alvos da operação Panatenaico, cujo objeto de investigação seriam supostos crimes na reconstrução do Estádio Mané Garrincha. Nos dois casos, o ex-governador alega inocência.

Reunificação da base agora é o essencial

A reunificação da centro-direita, sem fechar portas para aliados de outros espectros ideológicos é essencial na agenda de Jofran Frejat. Neste contexto, o ex-secretário de Saúde do DF classifica o apoio de Arruda como importantíssimo e bem-vindo para a recomposição de forças conservadoras.

“Eu e Arruda temos conversado bastante. Somos amigos. Ele pode ajudar muito com o apoio, tanto para votos quanto para a densidade política”, afirma Frejat. Sobre a eventual rejeição do nome de Arruda, em função dos escândalos, o pré-candidato explica que a aliança foca nas potencialidades positivas e legais.

“Existem segmentos com restrições ao nome dele (Arruda). Não vou fechar as portas para o apoio e do estimulo dele para o que for bom para Brasília. Agora, aquilo que ele, eventualmente, tenha que responder na Justiça será responsabilidade dele”, argumenta.

Segundo Frejat, a divisão de forças continua a favorecer a reeleição de Rollemberg. O pré-candidato não faz restrições a nova pesquisa para a definição da chapa final. “Queremos ganhar ou apenas participar do jogo? Precisamos ver com a clareza a necessidade de apoiar uma candidatura vitoriosa. Fora disso, é jogar para perder”, pondera.

Saiba mais

Mesmo fustigado pelas acusações da Caixa de Pandora e da Panatenaico, Arruda mantem grande popularidade no eleitorado e controla grupos políticos.

Neste final de semana, as redes sociais foram tomadas por um vídeo do ex-governador com a camisa do Gama, falando sobre o aniversário de 20 anos da conquista do Campeonato Brasileiro da Série B. Segundo o autor da gravação, o publicitário e torcedor do Gama Francisco Sales, o material não tem cunho político e será usado em um vídeo comemorativo da ascensão para a Série A. A edição final contará com outros personagens da história da esquadra esmeralda, como o ex-ministro do TCU, ex-parlamentar e pré-candidato ao Buriti Valmir Campelo (PPS) e o palhaço Pirulito.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado