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Política & Poder

Dono da Gol entrega o zap da propina: ‘reserva de poltrona’ e ‘localizador’

Lindauro Gomes

14/05/2019 10h48

Um dos donos da Gol, o empresário Henrique Constantino, revela em delação premiada homologada pela Justiça Federal em Brasília, os bastidores das propinas pagas a políticos de alto escalão, principalmente do então PMDB.

Constantino em conversas via WhatsApp com o operador do PMDB, Lúcio Funaro, usava expressões relacionadas a compra de bilhetes aéreos na tentativa de camuflar os pagamentos.

No primeiro dia de agosto de 2013, o empresário pede ao operador emedebista:

“Você pode me mandar os dados da pessoa para a reserva da poltrona? Favor mandar para mim na Funchal. Abs.”

A resposta não tardou:

“Recebeu a lista com o nome dos passageiros que te mandei?” Perguntou Funaro.

A resposta foi positiva por parte do dono da Gol:

“Recebi. Assim que concluir as reservas, te passo o localizador e a taxa de câmbio. Abs.”

O operador do MDB também fez acordo de delação premiada com o Ministério Público, há dois anos, e delatou os repasses de propina de Constantino.

O empresário relatou o pagamento de propina a integrantes do MDB e apontou o ex-presidente Michel Temer como um dos beneficiados do esquema. Constantino se comprometeu com a Justiça a pagar indenização de R$ 70 milhões aos cofres públicos.

As informações são do jornal O Globo e confirmadas pelo Jornal de Brasília.

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