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Política & Poder

Delegado Anderson Gustavo Torres é o novo secretário de Segurança do DF

Arquivo Geral

08/11/2018 7h00

Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

Francisco Dutra
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O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) recebeu uma indicação para a Secretaria de Segurança do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o emedebista, o novo secretário é de Brasília e tem a confiança de Bolsonaro e do futuro ministro da Justiça o juiz Sérgio Moro. O emedebista não revelou o nome, mas aliados da coligação original de campanha, composta por MDB, Avante e PP revelam que o delegado Anderson Gustavo Torres, chefe de gabinete do deputado federal Fernando Francischini (PSL) estava sendo cotado.

“Houve uma reunião do governador com o deputado Francischini. E o assunto foi a indicação do Gustavo para a Segurança. Ele é um cara de Brasília”, contou um aliado. O nome do delegado é bem visto no núcleo de transição.

“Nós estamos construindo um nome de consenso. É uma pessoa de extrema confiança dele (Bolsonaro) e também da confiança do Sérgio Moro, nosso ministro da Justiça”, revelou Ibaneis. A negociação ainda depende alguns ajustes. Por exemplo, o governador quer um secretário que valorize os direitos humanos. Além disso, para o emedebista a segurança no DF enfrenta desafios locais e nacionais, a exemplo das manifestações e atos políticos na Esplanada dos Ministérios.

“Qual é o grande problema hoje? Você tem um índice muito pequeno de punição e isso incentiva a criminalidade. Nós temos que inverter essa lógica. Quem tem certeza de que vai ser punido não comete crime”, diz o futuro governador.

Para Ibaneis, a tendência é que o número de manifestações aumente. “Ainda mais agora que o PT foi para a oposição”, justificou. Ibaneis diverge de pontos do discurso de Bolsonaro. É favorável à continuidade do Saidão e de melhores políticas para a ressocialização dos presos. No campo local, o futuro chefe do Executivo mostra preocupação com os sinais de avanço do crime organizado no DF.

“Eu não tenho um problema doméstico. Eu tenho um problema que tem de ser tradado desde a Esplanada dos Ministérios até o Entorno”, ponderou o governador eleito. Ibaneis espera sentar à mesa com o presidente eleito para bater o martelo e confirmar oficialmente o nome na próxima semana.

Securitização da dívida é examinada com Temer

O presidente Temer chamou lideranças do MDB em busca de apoio para votações de pautas governistas no Congresso Nacional. Durante a conversa no Palácio da Alvorada, Ibaneis levantou a questão da securitização da dívida. Hoje cada estado aguarda pagamentos de dívidas de contribuintes e empresas em patamares bilionários.

No caso do DF, a soma é de aproximadamente R$ 31 bilhões. Neste contexto, Ibaneis busca um forma de renegociação da dívida, para que os cofres brasilienses possam começar a receber. Inicialmente, por exemplo, pelo menos R$ 10 bilhões. Ibaneis espera que o tema possa ser inclusive votado no Congresso.

Para o emedebista, a votação da securitização ainda é possível neste ano. “Eu acredito que sim. A questão da securitização dos débitos já foi votada no Senado. E agora está com o deputado Rodrigo Maia na presidência da Câmara. E nós estamos trabalhando para que haja uma mobilização de todos os governadores e todas as bancadas para que a gente consiga votar esse ano”, enfatizou.

Ibaneis também conversou com Temer sobre questões de Segurança no DF, como um aumento no repasse do Fundo Constitucional para os pagamentos da área. Outra bandeira nacional do governador eleito é a criação da Região Metropolitana do DF dentro do Estatuto das Cidades. Desta forma, haverá maior facilidade para a região receber mais recursos federais.

Outro ponto é a criação de uma zona de livre comércio brasiliense. Neste contexto, já há uma negociação com a Inframérica para que a empresa comece obras para transformar o Aeroporto do DF também uma unidade de cargas. O emedebista planeja transformar Brasília em um polo logístico nacional.

Saiba Mais

A reportagem do Jornal de Brasília tentou contato com o delegado Anderson Gustavo Torres, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.

As negociações para o comando das pastas da Saúde e da Educação também estão em andamento, mas sem a definição dos futuros gestores. Na Saúde, Ibaneis costuma dizer que o governo não pode errar.

No campo da transição, Ibaneis definiu um modelo inicial com 30 núcleos de trabalho, compostos por cinco pessoas cada um. Também poderão ser criados subgrupos conforme a demanda.

O vice-governador Paco Britto (Avante) definiu o seu chefe de gabinete. Será o oficial de chancelaria Paulo César Chaves.

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