Luca Valença
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O machismo cultural e institucional presente na sociedade atual foi tema da comissão geral no início da tarde desta quinta-feira (21), na Câmara Legislativa do DF (CLDF). As discussões contaram com a presença de deputados e integrantes da sociedade civil. A mesa que presidiu a sessão foi composta, em sua maioria, por mulheres, que juntas aos demais presentes debateram os males do machismo que, ainda hoje, tenta diminuir papel e a importância feminina no país.
O movimento Eles Por Elas, encabeçado pela ONU Mulheres, que luta pela igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, também esteve presente para reforçar a iniciativa da CLDF. O deputado Leandro Grass (Rede), organizador da comissão geral, defendeu o movimento e ressaltou que a iniciativa é para gerar reflexão na sociedade.
“Nós homens precisamos fazer uma auto-crítica, porque o machismo além de sermos protagonistas dele, somos também vítimas dele”, declarou.
O grupo Batalá, formado apenas por mulheres, foi destaque na sessão ao utilizar o com da percussão como forma de protesto às agressões sofridas. Para a regente do movimento, Janayna Maia, a música e o tambor usado, são a expressão da natureza feminina.
“Para nós estar aqui é extremamente significante. Mostra mais uma vez que o protagonismo da mulher pode ser na música ou onde ela desejar estar presente”, afirmou.
Além da presença feminina no local, a comissão geral espalhou, pelo plenário da Casa, cartazes com frases ouvidas por mulheres no dia a dia . “Ela foi muito macho” e “tinha que ser mulher”, foram algumas das frases exemplificadas na CLDF.