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Política & Poder

Audiência na Câmara com ministro Abraham Weitraub termina em confusão

Sessão precisou ser encerrada após uma confusão entre parlamentares e representantes de entidades estudantis

Redação Jornal de Brasília

22/05/2019 16h45

Da Redação
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Nesta quarta (22) a sessão na Comissão de Educação, que contou com a presença do ministro da Educação, Abraham Weitraub precisou ser encerrada após uma confusão entre parlamentares e representantes de entidades estudantis. O conflito começou após deputada Professora Marcivânia, parlamentar que presidia a sessão no momento, conceder o direito de fala de dois minutos aos representantes das entidades presentes na audiência.

Depois da fala da presidente da mesa, alguns se manifestaram contra o direito de fala dos representantes relatando que não seria justo os estudantes falarem porque com isso, faltaria tempo aos parlamentares. No momento, ainda faltavam pelo menos 15 líderes para discursar, de acordo com a presidente da mesa.

A deputada contou que os parlamentares foram até a mesa para tentar impedir que isso ocorresse. “Infelizmente, eles vieram aqui impedir uma decisão da presidência da Comissão, que era dar voz às instituições representativas dos estudantes. […] É uma postura antidemocrática, grosseira, que o povo brasileiro não merece”, lamentou ao fim da sessão.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, e o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki estavam presentes na sessão. Após uma discussão generalizada, os representantes afirmaram que ao se dirigir a mesa para falar com a deputada, os seguranças tentaram os tirar do Plenário.

“Essa seria a primeira oportunidade e o primeiro contato do ministro com os movimentos sociais. Porque incomoda tanto os estudantes falarem na casa do povo?”, questionou Marianna. Antes mesmo de se iniciar a confusão, o ministro da educação foi questionado pela deputada Marcivânia e afirmou que não gostaria de ouvir ambos os representantes.

Weintraub tinha passado por um momento de tensão com a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), mais cedo, que anunciou a intenção de processar o ministro por danos morais. Como motivação, Tabata mostrou prints com convites feitos a deputada para uma reunião no MEC, distribu[ido pelo ministro. “Estou entrando com um processo por danos morais por distribuir a uma comissão pública prints com o meu número pessoal e da minha equipe. […] Isso é um constrangimento. Isso não é atitude de um ministro”, afirmou.

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