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Política & Poder

Após fala de FHC, Alckmin rejeita aliança com ‘radicais’

Agência Estado

17/08/2018 7h42

REUTERS/Adriano Machado

Candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin divulgou ontem em suas páginas nas redes sociais um vídeo no qual rejeita a possibilidade de aliança com o PT ou com o deputado Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. Na gravação, Alckmin se refere a ambos como “radicais”.

“Minha aliança é com você. PT e Bolsonaro são dois radicais. O Brasil não precisa de radicalismo, mas de equilíbrio e bom senso. Vou governar com você e para você”, disse o candidato tucano no vídeo.

Alckmin também defendeu novamente, no mesmo vídeo, a aliança com os partidos do Centrão, motivo pelo qual tem recebido críticas. “Somente com essa força podemos fazer as reformas que o Brasil precisa”. A mensagem foi divulgada após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizer em entrevista à rádio Jovem Pan na quarta-feira que não descarta uma aliança entre PT e PSDB para enfrentar Bolsonaro, caso ele passe para a próxima fase da disputa presidencial. “Espero que o PSDB vá para o segundo turno e acho que o PT espera a mesma coisa, mas, dependendo das circunstâncias, eu não teria nenhuma objeção a isso”, disse FHC.

A declaração contrariou a cúpula da campanha de Alckmin e, segundo aliados, motivou a mensagem. Assessores do tucano, porém, dizem que o vídeo já estava gravado e não foi uma resposta ao ex-presidente.

Entre os estrategistas do ex-governador, a avaliação é de que o PT tem uma vaga assegurada no segundo turno da eleição presidencial. Até lá, o principal adversário é Bolsonaro. Pelo plano traçado na campanha tucana, Alckmin será preservado das críticas mais pesadas ao candidato do PSL. As “denúncias” contra Bolsonaro serão feitas em parte das 12 inserções diárias do partido no horário eleitoral de rádio e TV.

Roteiro

O ex-governador ainda não promoveu eventos públicos de campanha e vai fazer no sábado sua primeira viagem oficial, ao Pará. Ele desembarca em Itaituba e de lá vai de carro até Rurópolis e Santarém pela rodovia BR-163. A ideia é aproveitar a viagem para fazer vídeos de campanha mostrando os problemas de infraestrutura da região. Pelo roteiro, Alckmin deve seguir de Santarém para Mato Grosso do Sul, mas esse trecho ainda não foi confirmado.

Na semana que vem, o candidato tucano vai concentrar sua campanha no Nordeste, onde Alckmin apresenta os piores índices de intenção de voto.

Depois disso, a campanha também planeja fazer uma caravana pelo interior de São Paulo junto com o ex-prefeito de São Paulo João Doria, candidato ao governo pelo PSDB. Há também previsão de um evento a ser realizado em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. A cidade foi berço do PT, mas hoje é governada pelo tucano Orlando Morando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadao Conteudo

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