Partidários de Aécio Neves (PSDB) se reuniram na Esplanada dos Ministérios. A marcha, batizada de Vem Pra Rua Dia 22, foi organizada pela internet e teve o mote de “tirar o PT do poder”.
Estavam previstas mobilizações em dez cidades espalhadas pelo Brasil. Na página do evento no Facebook, 17 mil pessoas confirmaram presença. Os alto-falantes dos trios elétricos alternavam jingles da campanha de Aécio e o Hino Nacional, cantado várias vezes pelos presentes.
Contra perpetuação
A servidora pública Joseilda Cabral levou a filha Bruna, de quatro anos, para a manifestação. Para ela, a permanência do PT no poder será ruim para o País. “Estão governando há 12 anos. É muito tempo. Chega de ditadura petista. Eles querem se perpetuar no poder. Votaram contra a reeleição, mas agora ficam tanto tempo”, criticou. Aécio seria a opção para mudar o que está errado no governo, segundo Joseilda.
As qualidades do candidato tucano foram exaltadas pelo estudante Caio da Costa, 21 anos. Ele acredita que a economia é a área com mais problemas. “Aécio seria o remédio e puxaria todos os indicadores para cima. Nenhum deles melhorou com a Dilma. Precisamos recuperar a estabilidade conquistada com FHC”, opinou.
Ao repetir a importância de substituir Dilma, Caio lembra do vexame brasileiro na Copa do Mundo, com a eliminação para a Alemanha nas semifinais. “Se não trocar, vai ser 7 a 1. 7% de inflação e nem 1% de crescimento”, brincou.
O empresário Felipe Diniz foi um dos organizadores da manifestação de Brasília. O significado do movimento se resume a dizer que é necessária a alternância de poder. “Ir para a rua significa dizer que estamos indignados com tanta corrupção e que o Brasil não é do PT. Também acreditamos que o candidato tucano está melhor preparado e deve fazer um governo melhor”, afirmou, garantindo não haver vinculação partidária.
Na semana passada, o mesmo movimento esteve na Esplanada com o mesmo objetivo. Dessa vez, a mobilização foi potencializada com a gravação de vídeos, compartilhados nas redes sociais, de Aécio Neves e FHC, fazendo a convocação.
Marina exige ética na política
Ao lado da candidata derrotada à Presidência da República, Marina Silva (PSB), do senador Cristovam Buarque (PDT) e do senador eleito Antônio Reguffe (PDT), o candidato ao Buriti Rodrigo Rollemberg (PSB) participou, ontem, da última roda de conversa antes das eleições na Praça do Índio. O debate abordou a sustentabilidade em todas áreas do governo.
Marina Silva destacou que a ideia de sustentabilidade não está atrelada apenas ao meio ambiente, mas a políticas chamadas sustentáveis. “Eu costumo dizer que sustentabilidade não é apenas fazer. A ideia é mais profunda, mais do que cuidar do lixo, mas de outras áreas como a política, a ética”, afirmou. O exemplo dado por Marina foi a corrupção. Para ela, o problema não é apenas dos políticos, mas deve ser assumido como de todos.
Defendo a sustentabilidade em seu plano de governo, Rodrigo Rollemberg falou sobre a regularização de condomínios que estão em áreas de preservação ambiental. “Para aquelas comunidades já implantadas, a solução adequada é regularização, tomando todos os cuidados para garantir a preservação ambiental, mas sobre tudo garantindo a ocupação ordenada do território”, disse Rollemberg, que, se eleito, prometeu criar o Instituto de Ocupação Territorial.
Para ajudar na preservação do meio ambiente, Rollemberg prometeu incentivar atividades limpas ou com menor índice de poluição.
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