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Política & Poder

Buriti insistirá em criar conselhos nas administrações regionais

Arquivo Geral

26/04/2015 8h00

A criação de conselhos comunitários nas cidades do Distrito Federal ainda devem passar por debates antes de um novo projeto. Com a retirada da proposta que reduzia o número de administrações regionais, estabelecer  grupos de moradores responsáveis por opinar nas ações de governo continua longe de definição. 

Entretanto, ela deve ocorrer. O governador Rodrigo Rollemberg não desistiu nem mesmo de cortar as administrações e promete conversar com deputados antes de tentar uma nova regulamentação. Os moldes da proposta são a principal interrogação. Parlamentares temem até a formação de poderes paralelos ao Legislativo.

Ainda não se sabe se a próxima proposta de criação dos conselhos pode incluir também a redução. As medidas são vistas dentro do Buriti como complementares, já que visam dar mais eficiência e participação da comunidade nas administrações.

Poucos gostam

Não era segredo que a redução no número de administrações agradava a poucos. Em dois meses de tramitação na Câmara, o projeto recebeu 64 emendas, deixando clara a fragilidade do texto.

Preocupava os deputados a possibilidade de que os conselhos trouxessem visibilidade eleitoral aos participantes e até que servissem apenas para fazer oposição aos administradores. 

A justificativa da retirada do projeto, segundo o governador Rodrigo Rollemberg, foi justamente a resistência dos parlamentares. No entanto, ele promete que as duas medidas serão analisadas. “Os conselhos dependem da Câmara, mas eu acho uma medida importante para ampliar os instrumentos de participação popular. Continuo achando que deveríamos reduzir o número de administrações regionais para economizar, dar mais efetividade ao governo. Mas esse não foi o entendimento da Câmara e isso faz parte do jogo democrático”, afirmou.

Ainda falta o cronograma de nova proposta

O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, garante que não existe cronograma para formular e encaminhar um novo texto e acredita que não haveria necessidade de reescrevê-lo. “Meu modelo preferido seria o proposto no projeto de lei retirado”, disse. Ele ironizou as reclamações vindas da Câmara Legislativa, em parte preocupada com a concessão de poderes aos integrantes dos conselhos.

“A criação de palanques poderia acontecer, claro. Mas não vamos colocar em prática porque os deputados têm medo de concorrência?”, ironizou. Hélio Doyle explica que, por mais que as eleições diretas para administradores pudessem ser regulamentadas antes dos conselhos, o governo prefere que a pauta seja debatida pelos grupos a serem instituídos.

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