O governador Agnelo Queiroz afirmou nesta quarta-feira (16), durante evento no Estádio Nacional Mané Garrincha, que cortará o ponto dos servidores grevistas do Metrô que descumprirem a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10). A decisão judicial estabeleceu que, a partir da 0h de hoje, metade dos trens deve circular em todos os horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil ao Sindmetrô-DF.
“Quem não estiver trabalhando vamos cortar o ponto, sim”, declarou o chefe do Executivo local ao ser questionado sobre a continuidade do movimento grevista mesmo com a decisão do TRT.
À Agência Brasília, o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, confirmou o descumprimento da determinação judicial, já que apenas seis dos 16 pilotos escalados compareceram ao trabalho hoje. Além disso, só funcionaram oito dos 12 trens exigidos na liminar.
Ainda de acordo com Lacerda, na última audiência realizada no tribunal, em 11 de abril, o GDF/Metrô-DF avançou em todas as propostas que foram consideradas cruciais pelo sindicato. No entanto, segundo o secretário de Administração Pública, o Sindimetrô desconsiderou os avanços nas propostas colocadas e as rejeitou na mesa de negociação.
“O governo tem trabalhado para atender as reivindicações. Das cinco demandas, houve avanço em quatro delas. Apenas a redução na jornada de trabalho não terá acordo”, enfatizou o chefe da pasta.
Segundo o Sindimetrô, as demandas da categoria são: correção salarial, aumento da gratificação de quebra de caixa, correção das eventuais distorções para empregados da operação, implantação da previdência complementar e redução da jornada de trabalho.
Aniversário de Brasília – O Metrô-DF já anunciou uma operação especial para atender os usuários durante as festividades do aniversário de 54 anos de Brasília, caso a greve continue.
Agnelo Queiroz destacou que o movimento “não vai atrapalhar” as comemorações de 21 de abril e que o governo tomará “todas as medidas” para que a festa transcorra sem problemas para a população que precisar do transporte público.
“Quem tenta atrapalhar mostra falta de compromisso absoluto com povo”, concluiu o governador.
