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Brasília

Vara da Infância e Juventude arrecada 10.774 gibis para adolescentes infratores

Arquivo Geral

30/05/2016 19h32

Atualizada 01/06/2016 13h52

Um grupo de crianças de oito e nove anos, alunos da terceira série do Ensino Fundamental do Colégio Logosófico de Brasília, protagonizou o ato simbólico de encerramento da campanha que em pouco mais de um mês arrecadou mais de 10 mil gibis para 900 adolescentes infratores do DF. “Quando eram crianças, esses adolescentes não tiveram tempo e nem uma forma de vivenciar o mundo infantil. Por isso, a importância da campanha. Nós, agora, estamos dando essa oportunidade para eles”, conta o juiz Marcio da Silva Alexandre, titular da Vara Regional de Atos Infracionais do DF, idealizador da campanha. Segundo ele, adolescentes em regime sócio-educativo se interessam mais por histórias em quadrinhos do que por livros convencionais. Ao se dar conta desse dado, o magistrado promoveu a campanha.

“Foi muito legal juntar e doar todos os gibis. Porque nós estamos tendo a oportunidade de compartilhar algo que nós gostamos muito com eles”, conta Nathália Aguiar, uma das crianças do grupo de 28 alunos que visitaram, nesta tarde (30), a Vara da Infância e da Juventude, na Asa Norte de Brasília. O grupo representava o total dos alunos do Colégio Logosófico: cerca de 300 discentes, entre 2 e 15 anos, que colaboraram com a campanha de arrecadação. Levaram para o magistrado mais de 500 gibis e uma coleção de revistas “Recreio”.

A participação do Colégio Logosófico de Brasília se deu por iniciativa dos pais dos alunos, que fizeram a ponte entre a Rede Solidária Anjos do Amanhã – que executa as campanhas solidárias para a Vara de Infância e Juventude – e a escola. “Essa participação complementa um programa que estamos desenvolvendo com todos os alunos ao longo deste ano, intitulada Transformando o mundo a partir de si mesmo. Foi uma oportunidade para as crianças colocarem em prática o tema”, conta a diretora do Colégio Logosófico, Lúcia Andrade.

As crianças foram recebidas pelo juiz, que passou quase uma hora interagindo com elas. Explicou a campanha em linguagem acessível a seus pequenos interlocutores e depois respondeu a uma série de curiosidades dos pequenos. As perguntas feitas ao magistrado abordaram os temas mais variados. Desde se criança pode ser presa até a diferença entre um adolescente infrator e um adulto que comete crimes. A pedido de uma das meninas, ele vestiu a toga e explicou a todos a simbologia da Magistratura.

No final do encontro, em um ato simbólico, os alunos Thiago Arruda e Tarcila Viana fizeram a entrega de todos os gibis arrecadados pela escola. As revistas serão enviadas para a Unidade de Internação Provisória de São Sebastião (Uipss). O excedente será enviado para as demais unidades socioeducativas do DF. “Um adolescente infrator precisa de muito mais do que um gibi, mas já é um pouquinho que a gente pode entregar para eles”, finalizou o juiz Márcio da Silva Alexandre.

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