Menu
Brasília

Venda de carro na Cidade do Automóvel vira caso de polícia

Arquivo Geral

26/05/2016 6h00

Quando o servidor público Wellington Brandão Landin,   35 anos, levou o carro do pai para ser vendido em uma concessionária,  mal sabia a dor de cabeça que teria. O veículo foi vendido por R$ 30 mil, segundo consta na documentação do Detran, R$ 5 mil a menos do combinado com a agência,  na Cidade do Automóvel. Além disso, Wellington e o pai não receberam um centavo, e o caso foi parar na polícia.

O servidor contou que o pai, José de Sousa Landim, 76 anos, sofreu, há um ano, um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que causou sequelas na fala e deficiência motora. A intenção era vender o veículo para comprar um novo. “A minha preocupação é com a saúde dele, pois precisa logo de outro carro. A documentação para a Secretaria de Fazenda, que lhe garante isenção de impostos,   está pronta”, explica.

Em 14 de março, Wellington colocou o  Palio Adventure 2011/2012  em um site de vendas. Dias depois, uma vendedora da V10 Multimarcas entrou em contato. “Ela me enviou mensagem que teria um cliente e perguntou se eu teria interesse em deixá-lo para venda. No dia seguinte, após   vistoria, deixei   para ser vendido por R$ 35 mil”, diz.

Pouco mais de um mês depois,   um dos gerentes da agência, Rubson Medeiros, entrou em contato com José de Sousa e informou que precisaria da procuração para transferir ao comprador. “Nesse dia, eu estava trabalhando e não fiquei a par da situação. Meu pai foi ao cartório com meu primo  e passou uma procuração em caráter irrevogável, irretratável e isenta de prestação de contas. Um dia depois, o automóvel foi vendido por valor diferente do combinado”, explica. 

Desde então, Wellington luta para que o pagamento combinado seja feito. “O gerente agiu de má-fé por ter tratado do assunto com o meu pai, que é leigo”, completa. 

Procurado, o gerente da V10 Multimarcas confirmou a transferência por R$ 30 mil e contou que vendeu abaixo do combinado para honrar compromisso com o cliente, que ofereceu  pagamento à vista. 

“Não repassei o dinheiro porque não tenho os R$ 35 mil”, justificou  Medeiros. Ele alegou que as vendas diminuíram e tenta conseguir os R$ 5 mil para pôr fim à situação.

Saiba mais

Na última sexta-feira, Wellington  registrou boletim de ocorrência na 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).

Até o fechamento desta edição, o pagamento da concessionária ainda não havia sido realizado.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado