Três jovens entre 20 e 22 anos foram presos sob a suspeita de praticarem roubos a carros nas regiões de Taguatinga, Ceilândia e Brazlândia. Após os roubos, os automóveis eram levados para Águas Lindas de Goiás, Região Metropolitana do Distrito Federal, onde os suspeitos residiam e foram presos na última sexta-feira (20). Um quarto envolvido segue foragido.
Ao menos dez ocorrências foram registradas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), as quais datam crimes desde fevereiro deste ano. Segundo o delegado Marco Aurélio Vergílio, as abordagens eram sempre muito rápidas e, embora os suspeitos sempre usassem armas de fogo para intimidar as vítimas, não era habitual ataques físicos com maior violência.
O grupo mantinha um comportamento padrão no momento dos roubos. “Eles tinham preferências por praticar os crimes à noite. O alvo, em geral, eram pessoas que entravam ou saiam de suas residências”, conta Marco Aurélio. Foram apreendidos o carro que os criminosos usavam para auxiliar os crimes e um veículo de cor vermelha roubado em Taguatinga. O modelo Fiat/Strada era um dos preferidos dos assaltantes.
Flagra em vídeo
Imagens do circuito interno de segurança de uma casa vizinha flagraram o momento em que os criminosos abordavam uma vítima que chegava em sua casa, em Taguatinga. Nas imagens, é possível ver o momento que os suspeitos chegam ao local, roubam um Fiat/Strada e fogem em seguida. O trânsito de veículos de vizinhos não intimidaram os ladrões.
O delegado afirma que os jovens também preferiam praticar os crimes nas quadras próximas às BRs, o que facilitava a fuga para Águas Lindas. As negociações dos carros, segundo o titular da DRFV, giravam em torno de R$ 1 mil a R$ 1.500 e, geralmente, tinham como destino pequenos municípios das regiões norte e nordeste.
Marco Aurélio ainda explica a ação dos suspeitos: “Ao chegar em Águas Lindas, eles ocultavam os veículos no interior de lotes vinculados a eles e colocavam lonas em cima para vizinhos não perceberem. A partir daí iniciava a negociação com receptadores”.
Apesar de jovens, os suspeitos já possuem extensa ficha criminal. Contra um deles, consta uma ocorrência de homicídio praticado ainda na adolescência. Os envolvidos devem responder por roubo qualificado e associação criminosa armada. Caso condenados, podem pegar uma pena que varia entre 15 e 20 anos de prisão.
