Tainá Morais
Mesmo sob pena de multa por cada posto fechado, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindipospetro-DF) planeja continuar a greve iniciada nesta segunda (23). Amanhã, representantes dos frentistas e dos patrões têm audiência marcada para as 17h no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A paralisação prejudicou o atendimento em 98 dos 320 estabelecimentos do ramo no DF. Segundo o presidente do Sindipospetro-DF, Carlos Alves, a greve foi suspensa na noite de hoje, mas será retomada a partir das 6h desta terça. “Nós atingimos cerca de 40% dos frentistas e nossa meta é chegar a 70% até quarta feira. Ainda não acabou”, provoca.
Alves informou que a categoria reivindica reajuste salarial de 11% e aumento de R$ 7 no vale alimentação, que atualmente é de R$ 13. “Eles nos ofereceram 6% no salário e R$ 1 no vale alimentação. Esse valor está abaixo da inflação, é inaceitável”, completa.
Ainda segundo Alves, foram realizadas seis negociações, todas sem acordo. “Os empregadores alegam que não podem dar um aumento maior devido à crise que o país vive, mas em outros estados vemos foram fechados acordos em condições melhores que as oferecidas para nós”, compara.
Em nota publicada pelo portal G1, o Sindicombustíveis, sindicato que representa o grupo de todos os postos do Distrito Federal, informou ter oferecido reajuste de 9% aos funcionários. Segundo a entidade, o aumento é superior ao negociado no ano de 2015, apesar de uma redução no setor entre 2015 e 2016.
“A greve está sendo realizada para prejudicar ainda mais o setor e a população com atitudes agressivas de fechar postos de combustíveis sem a aderência de greve dos funcionários os quais necessitam do trabalho”, continuou a entidade.
