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Brasília

Quadrilha que extorquia comerciantes é presa em Ceilândia

Arquivo Geral

02/05/2016 21h38

Uma quadrilha que extorquia comerciantes foi presa em flagrante na tarde desta segunda (2), no Setor Habitacional Sol Nascente, em Ceilândia. A prisão ocorreu por volta das 15h pela equipe da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os criminosos também extorquiam motoristas e cobradores de transportes piratas no mesmo local. 

Além da tarifa para continuarem trabalhando na área, os comerciantes eram extorquidos de forma que os suspeitos consumissem mercadorias sem efetuar o pagamento das mesmas. A quadrilha ainda usava um caderno com anotações que informava quem já havia efetuado o pagamento da tarifa. “No momento da prisão, eles ainda tentaram destruir o comprovante, mas não conseguiram”, contou o delegado. 

De acordo com o delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), Fernando Fernandes, a ação, que teve início após uma denúncia anônima, resultou na prisão de dois homens e na apreensão de quatro adolescentes, entre 16 e 17 anos. As prisões ocorreram no momento em que eles ameaçavam um motorista de um transporte pirata, que se recusava a efetuar o pagamento que o grupo cobrava para liberar a circulação dos veículos. 

Em continuidade às investigações, a PCDF conseguiu identificar mais um integrante do grupo. “Ele era considerado um dos cabeças dessa organização criminosa”, conta o delegado. Os menores foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II) e os maiores foram levados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), para as demais providências. 

“Acredito que outras pessoas serão presas nos próximos dias com a prisão e apreensão desses cinco integrantes”, disse Fernandes. Após identificar uma vítima, foi possível localizar outras quatro pessoas que foram alvos da organização. “Com a prisão deste grupo criminoso, nós iremos identificar outras vítimas que, com certeza, irão tomar coragem de denunciá-los, afim de enriquecer as investigações”, completou o delegado. 

Ação criminosa

O grupo se concentrava no ponto final do trecho três do Sol Nascente, próximo à Escola Classe 66. Lá, os motoristas e cobradores eram abordados no início e no fim do trabalho, e, automaticamente, eram obrigados a pagar cerca de R$ 20 a R$ 50 por dia para poderem continuar a rota sem ser incomodados. Eles faturavam R$ 1 mil, aproximadamente, por dia, ou seja, semanalmente arrecadavam cerca de R$ 5 mil ou mais.

“Entendemos que esse incomodo seria uma ameaça de assalto a esses transportes alternativos, dando a entender que aqueles que não pagassem seriam fatalmente vítimas de assaltos e agressões, assim como a vítima de hoje que teve o pneu de sua van cortado com uma faca”, disse Fernandes. 

As investigações da Polícia Civil continuarão até que as outras pessoas envolvidas sejam presas. Se condenados, os maiores poderão cumprir pena de 8 a 22 anos de prisão, em regime fechado. 

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