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Brasília

Ato a favor de Dilma reúne cerca de 400 pessoas em Brasília

Arquivo Geral

01/05/2016 15h51

As principais centrais sindicais do país realizaram manifestações por todo o Brasil neste domingo (1º). Organizado para comemorar o Dia do Trabalho, o evento também foi um ato de crítica ao processo de impeachment de Dilma, que tramita no Senado. Em Brasília, segundo a Polícia Militar, cerca de 400 integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Frente Brasil Popular e da Frente Brasil se reuniram em frente a Torre de TV. 

O secretário-geral da CUT – Brasília, Rodrigo Rodrigues, o impeachment não é especificamente para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, mas um golpe contra a classe trabalhadora. “Hoje aqui é um ato político, marcando o Dia do Trabalhador, um dia de luta da classe trabalhadora que, além da defesa dos direitos da classe trabalhadora, tem também a pauta política, em defesa da democracia e denunciando o golpe que está em curso no Brasil”.

A servidora pública Simara Pereira Caetano de Faria, 31 anos, participou do ato político com o filho e disse que foi a primeira vez que saiu de casa para se manifestar.

“Diante do panorama político do país, não posso ficar no conforto do meu lar e me abster da luta. Eu, que nos últimos 12 anos me tornei uma pessoa de classe média, fui beneficiada por programas sociais e votei no PT, não tenho o direito de ficar no meu lar. O PT me envergonhou muito, mas acho que não é só um problema do PT. É um problema da sociedade brasileira”, disse, emocionada.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF),  a manifestação deste domingo mostra que a luta dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, que deu origem ao Dia do Trabalho, ainda é atual e necessária. Em 1886, milhares de trabalhadores da cidade norte-americana se reuniram para reivindicar a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.

“Esse ato nos mostra como ainda temos pedaços de colonialismo, de ditadura e de escravidão. Há uma lógica da elite dominante desse país, que quer acabar com todos os direitos do trabalhador. É uma luta que mostra como nós, a classe trabalhadora, temos uma função primordial nesse momento de ruptura democrática. Se você assassina a democracia, como está em curso nesse país, você faz com que nós não tenhamos proteção a nenhum direito”, disse.

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