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Brasília

Quase metade da frota de viaturas da Polícia Militar do DF está parada

Arquivo Geral

12/02/2016 6h00

Carla Rodrigues

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Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), 46% da frota de viaturas está parada. Além disso, ainda não há prazo estabelecido para a compra de novos automóveis. Dos 4,1 mil veículos da corporação, 1,9 mil estão fora de circulação. Destes, 1,5 mil já estão em processo de leilão. Isso porque, segundo o chefe do Centro de Manutenção (Cman) da PM, Douglas Pereira Jacome, “algumas já passaram do prazo de utilização e não podem mais circular”. Ou seja, por enquanto, só 400 devem retornar às ruas do DF. 

“Há um prazo estabelecido por decreto para a utilização das viaturas, que é de até cinco anos. Além disso, algumas passaram por algum tipo de acidente e ficaram inutilizáveis”, esclareceu Jacome, reconhecendo a necessidade de mais carros para o trabalho da corporação. “Precisamos de mais viaturas. Só que a quantidade ainda está sendo estudada. A gente não consegue estabelecer, por exemplo, quantas vão estragar por ano. Temos uma previsão apenas”, disse. 

A última aquisição de viaturas, afirmou Jacome, ocorreu em 2014. De lá para a cá, nunca mais houve renovação. Por isso, algumas unidades da corporação sofrem com o déficit de carros. “Todos os comandantes de unidade querem mais viaturas. Assim como querem um efetivo maior. É claro que uma unidade ou outra tem déficit maior. Existe esse problema, mas não dá para determinar qual tem mais ou menos. Às vezes, por exemplo, a Asa Sul tem mais veículos do que outra área, mas eles têm mais problemas”, esclareceu. 

O chefe do Centro de Manutenção contou ainda que, na frota, há veículos de vários fabricantes. Nenhum deles, porém, é específico  para uso policial. “Infelizmente, no Brasil, não existe montadora ou empresa que venda carro direcionado ao uso policial. O que   fazemos é adaptar. Por exemplo, colocamos o rotolight, rádio. Mas  não mexemos na parte mecânica   nem na estrutura”, salientou. “Em outros países,  existem montadoras com esse foco”, completou.

Limitação exige  adaptação

Diante das limitações, o que a corporação busca fazer, para não prejudicar o atendimento aos cidadãos, é  “variar a utilização”. “Você compra um carro   para um tipo específico de policiamento. Quando se faz a compra, já pensa no emprego”, destacou Douglas Jacome, do Centro de Manutenção.

Curso de preparação após a compra

O chefe do Centro de Manutenção (Cman) da PM, Douglas Pereira Jacome, afirmou que há, após a aquisição de carros, curso de preparação. “Tivemos, logo depois da compra das viaturas, um curso de para utilização”, lembrou. No caso das Pajeros, modelo que um cabo  ocupava quando perdeu a vida durante perseguição, na última sexta- feira, “foram habilitados vários policiais”. No dia 20 deste mês, adiantou Jacome, “começa um   curso e, inclusive, aqueles que passaram pelo primeiro terão de passar mais uma vez pelo treinamento”.

Vale lembrar que, como adiantou o JBr. ontem, a sequência de acidentes com viaturas da PM fez a corporação instituir uma comissão que viajará aos Estados Unidos para aprender com a polícia de Michigan sobre segurança de veículos.

Sem dar mais detalhes, Jacome disse que há “um contrato de manutenção” ao comprar uma viatura. “Isso é feito no momento em que se estabelece quantas e quais serão compradas”, garantiu.

Ponto de vista

Na avaliação do presidente da Associação dos Oficiais da PMDF, coronel Fábio Pizetta, é preciso aumentar o número de viaturas da corporação porque elas “fazem falta à população”. “O nosso papel é a segurança pública. Nós temos a preocupação de manter o nível de segurança. Para isso, temos que ter condições de trabalho”, apontou.   O coronel ressaltou que “ninguém fica parado esperando quebrar para fazer contrato”. Segundo ele, “existem prazos e regras para comprar veículos”.

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