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Brasília

Estoque de sete tipos de vacina está zerado no DF

Arquivo Geral

11/02/2016 17h44

Bianca Moura
Especial para o Jornal de Brasília

Quem procura os postos de saúde para se vacinar pode voltar para casa sem a imunização. O Distrito Federal está com o estoque zerado de sete tipos, e  parte deles  ainda não tem previsão de reposição. São as vacinas contra as hepatites B e A, antitetânica (dT adulto), DTP (difteria, tétano e coqueluche), dTpa para gestantes (difteria, tétano e coqueluche acelular), dTpa infantil e soro antirrábico.

O repasse dessas vacinas é realizado via Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, por meio de nota, até o fim do mês de fevereiro, as vacinas contra hepatite B e DTP deverão estar à disposição da população. No entanto, ainda não há previsão para o reabastecimento dos demais imunobiológicos. O órgão afirma que continua em constante diálogo com o Ministério da Saúde para regularizar todos os abastecimentos.

Algumas vacinas podem gerar uma preocupação maior, como o caso do soro antirrábico. “Se uma pessoa é mordida por um cachorro que apresenta sinais da raiva, ela precisa tomar o soro o quanto antes ou pode ocasionar danos irreversíveis para a saúde. É um imprevisto que ninguém espera”, explica a infectologista Valéria Paes. Já a hepatite B, por exemplo, é transmitida por meio de relações sexuais e objetos contaminados.

Outra vacina com estoque zerado, a dTpa para gestantes reforça a proteção contra coqueluches. A vacina entrou 2014 no calendário nacional de vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajuda a diminuir a incidência e mortalidade por coqueluche nos recém-nascidos. “Sem a prevenção, claro que o bebê fica exposto”, completa a infectologista.

Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde–DF), Marli Rodrigues, a escassez das vacinas é a consequência da falta de planejamento de sucessivos governos com a área da saúde. “Existem denúncias relacionadas a isso. Se falta aqui, falta também em outros estados. Mas não tem explicação para tamanho descaso”, critica a representante do Sindsaúde.

Leia mais na edição do Jornal de Brasília desta sexta-feira (12).

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