Respirar pode parecer simples para a maioria das pessoas. No entanto, para o estudante Lucas Neres, de 18 anos, sempre foi um desafio ao longo da vida. O JBr. já mostrou que, com poucos dias de nascido, o jovem foi diagnosticado com bronquiolite obliterante – doença respiratória, geralmente grave. Além disso, ele tinha uma lesão severa em dois terços do pulmão esquerdo. Os médicos desenganaram a família afirmando que ele só viveria até os dois anos de idade. Mas Lucas superou as opiniões médicas e chegou aos 18 anos com uma vida quase normal.
Quando bebê, ele teve de retirar o pulmão esquerdo. O direito funciona com apenas 25% da capacidade. Para respirar, o jovem precisa de um balão de oxigênio 24 horas. O que preocupa é Lucas ter crises de falta de ar cada vez mais fortes e frequentes. A solução para o garoto é realizar um transplante de pulmão, que, segundo os especialistas, deve ocorrer no Canadá, pois nenhum hospital brasileiro tem estrutura suficiente e a técnica a ser usada no caso, pois seu coração saiu do lugar pela falta do pulmão e está a um milímetro do rim esquerdo.
Especialista
O garoto já passou por vários profissionais, que levaram seu caso para o médico Marcelo Cypel, especialista em transplante de pulmão e cirurgia torácica e diretor do programa de suporte pulmonar extracorpóreo da Universidade de Toronto, no Canadá. Cypel é formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), mas mora no Canadá há mais de dez anos.
“Marcelo Cypel disse que meu filho pode se recuperar com a cirurgia, mas nenhum hospital brasileiro oferece a estrutura necessária para que ele se opere aqui, porque vai precisar de alguns procedimentos durante a recuperação. O médico se disponibilizou a fazer a cirurgia no Brasil, mas faltam condições. Por isso, acionei a Justiça para o governo pagar pelo procedimento no Canadá”, explicou Irani Neres, 41 anos, mãe de Lucas. A cirurgia custa o equivalente a R$ 1,5 milhão.
A mãe do rapaz entrou na Justiça em maio de 2015, e a família luta por uma decisão favorável. Porém, na última audiência, o juiz questionou o fato de a cirurgia ser feita em outro país e indicou um possível hospital com estrutura para transplante torácico. Irani foi à unidade indicada e saiu com um laudo médico de que a operação deve ser feita no Canadá.
A Defensoria Pública do DF está à frente do caso, e a família aguarda novo parecer da Justiça. “Fazemos um apelo para que não neguem a cirurgia. Ele toma 14 medicamentos diariamente, sente dores com frequência por conta do coração ter desviado e está cada dia mais cansado. Até para caminhar sente falta de ar. Sem contar que as crises são muito fortes, e ele pode morrer em uma delas. Tenho fé de que o transplante será a salvação”, afirmou Irani.
Segundo ela, o jovem tem muito enjoo, precisa de suplementos e ficou sem enxergar uma vez devido à doença.
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Banco: Caixa Econômica Federal
Titular: Irani Neres Santana
Agência: 0973
Operação: 013
Conta poupança: 766405-5
Contato: (61) 9299-6811