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Brasília

Emocionados, familiares e amigos se despedem de pai morto em frente a escola no Guará

Arquivo Geral

03/02/2016 8h14

 No fim da tarde desta quarta (3), familiares e amigos se despediram do servidor do Senado Federal, Eli Roberto Chargas, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. 

Emocionados, os parentes estiveram no local desde às 9h prestando as últimas homenagens ao servidor. No local do assassinato, moradores e transeuntes colocaram flores e velas onde Eli caiu após ser baleado.

 

 

 

Durante entrevista, Thiago Chagas, sobrinho de Eli, afirmou que o que mais dói é saber que a morte do tio fará parte de um índice de impunidade. “Você vai buscar seus filhos em frente a um colégio, onze horas da manhã, onde acredita que está seguro e perde a vida em um piscar de olhos”, desabafou. 

 

Em vídeo, Fernando Chagas, irmão da vítima, relembrou as qualidades do caçula e comentou a reação dele no momento do crime.  

Na manhã desta quarta (3), um menor, acompanhado de um advogado, se apresentou na 4ª Delegacia de Polícia, no Guará II. No entanto, a Polícia Civil nega que ele seja o autor do crime. 

Povo Fala

Sebastiana Miúra, 64 anos, é aposentada e busca frequentemente os dois netos na escola Pedacinho do Céu, no Guará. Segundo ela não há muito policiamento na região. Ela foi servidora da Secretaria de Educação por 31 anos e reclama da falta de atuação do Batalhão Escolar no Distrito Federal. 

Relembre

Eli Roberto Chagas, de 51 anos, foi morto em frente ao Colégio Rogacionista, na QE 38 do Guará II, quando aguardava a saída dos dois filhos da escola, nessa terça (2). 

Servidor do Senado, o morador da cidade esperava pelos filhos, um menino de 12 e uma adolescente de 15, próximo ao portão quando, por volta das 11h30, foi abordado e morto a tiros ao tentar fugir. O assaltante levou seu carro recém- comprado, um Toyota Corolla de cor prata, e não foi preso até o momento.

 Leia mais: Carro de pai assassinado no Guará II é encontrado; suspeito continua foragido

Após pai ser assassinado, moradores organizam passeata por mais segurança no Guará II

Conforme o diretor da escola, Ademar Tramontin, Eli era um pai dedicado, acostumado a pegar os filhos na escola. O irmão da vítima, José Fernando Chagas, 57, revelou que buscá-los   ontem    teria um sabor especial, pois ele havia acabado de comprar o carro. “Estava novinho,tinha pegado agorinha da concessionária”, emocionou-se.

Uma testemunha, que andava de bicicleta, disse ter visto a movimentação e contou que  não houve enfrentamento por parte do servidor, mas ele teria se assustado com a abordagem e tentado escapar. “Eu vi quando ele correu para trás da árvore, e o menino deu dois, três tiros nele. Depois, fugiu”, relatou. O criminoso parecia menor de idade   e vestiria um uniforme escolar.

Características indicam autor do crime

O carro da vítima teria sido abandonado por dois homens no Setor de Oficinas Sul, a poucos quilômetros da escola.  De acordo com o delegado da 4ª DP (Guará), Rodrigo Larizzatti,  diante do relato da testemunha e das imagens das câmeras, a Polícia Civil chegou à provável identidade do atirador.  “Ele estaria usando camiseta de colégio e levava mochila. É novo, alto, magro e, possivelmente, menor de idade. Tudo leva a crer que pode se tratar de aluno da rede pública”, disse o responsável pelas investigações. 

Saiba mais

A vítima trabalhava no gabinete do senador Eduardo Amorim. Em nota de pesar, a assessoria  do parlamentar comunicou que o político está de luto e descreveu Eli como “exemplo de lealdade e dedicação ao trabalho”. O homem tinha função de assistente técnico com especialidade em processo industrial gráfico e era efetivo da casa desde 1984.

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