Cerca de seis toneladas de cigarros de diversas marcas foram apreendidos na “Operação Júpiter”, realizada pela Polícia Civil em conjunto com a polícia de países da América do Sul e a Interpol, na tarde dessa quarta (25), em Luziânia. A mercadoria era trazida do Paraguai sem nota fiscal. Foram apreendidas 409 caixas do produto, que eram compradas por comeciantes brasileiros por menos da metade do preço gerando um lucro de até 300%.
De acordo com a delegada-chefe da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), Mônica Ferreira, o que facilita o crime é a falta de pagamento de impostos, uma vez que tais produtos não possuem controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Por conta disso, o lucro é muito grande. Os contrabandistas decidem correr o risco”, relata a delegada. “Os consumidores desses cigarros são pessoas de baixa renda. O baixo custo do produto costuma atrair muitos consumidores”, completa.
O flagrante foi feito em um depósito na residência do suspeito João Sergio Duarte de Oliveira, 35 anos, que fazia as distribuições quinzenalmente nos pequenos estabelecimentos de algumas cidades do Distrito Federal e Entorno. A mercadoria era passada para o cliente por menos de R$ 1. Os cigarros eram revendidos pelo dobro do preço pelos comerciantes.
A operação foi iniciada em agosto deste ano fazendo pequenas apreensões. A casa do suspeito estava sendo monitorada há quatro meses. A polícia ressalta, ainda, que as investigações continuam. “Com certeza existem mais pessoas envolvidas, algo desse tamanho gera muito dinheiro”, conclui a delegada.
O suspeito não tem antecedentes criminais e irá responder por contrabando. O crime é inafiançável e a pena varia entre 2 a 5 anos de prisão. A mercadoria, fabricada no Paraguai, será encaminhada para a Receita Federal e avaliada pela Vara Federal.
