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Brasília

Nove pessoas são presas suspeitas de fraudar contas do BRB

Arquivo Geral

25/11/2015 6h30

Manuela Rolim

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Suspeitos de aplicar golpes contra correntistas do Banco de Brasília (BRB) foram presos, ontem, durante a terceira etapa da Operação Safira. Ao longo do dia, a Polícia Civil cumpriu 14 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em Planaltina e no Sudoeste. Até o fechamento desta edição, pelo menos nove pessoas teriam sido detidas. A ação também ocorre nos estados de Goiás e Mato Grosso. 

No total, estima-se que a organização criminosa seja responsável por mais de 200 fraudes bancárias apenas este ano. Já o prejuízo seria em torno de R$ 20 milhões por ano desde 2010. Diante do rombo, cerca de 60 agentes foram chamados para participar da operação. A 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), encarregada do caso, estaria investigando o grupo há oito meses. 

Os presos são suspeitos de oferecer a servidores públicos e a empresários o pagamento de tributos e multas junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), alegando   que teriam créditos de precatórios a receber e que, em razão disso, os débitos poderiam ser compensados com descontos de até 30%, o que atraiu muitos interessados. Entre os tributos, estariam boletos de IPVA e IPTU, por exemplo. 

Beneficiários

Até agosto, a polícia teria identificado mais de 500 beneficiários da fraude, que acabaram quitando débitos por meio da prática do grupo. No entanto, o criminoso hackeava contas de outros clientes para efetuar os pagamentos e ficava com o dinheiro das vítimas. 

Todos os correntistas que caíram no golpe tiveram suas contas invadidas. As fraudes foram feitas por meio da internet e por linhas telefônicas que tiveram o uso interrompido durante o período em que estavam sendo utilizadas para o crime. As vítimas recebiam e- mails e, ao abrirem os documentos, tinham as senhas expostas por hackers.

Banco garante proteção

Em nota, o Banco de Brasília afirmou que a área de segurança da instituição acompanha as tendências do crime cibernético na adoção de medidas de proteção aos clientes. “As ações de segurança implantadas nos últimos anos permitiram antecipar ações fraudulentas e bloquear a fraude consumada”, ressaltou a assessoria.

O BRB destacou que não teve perdas financeiras significativas, considerando a natureza da atividade e dos produtos e serviços oferecidos. “Hoje, o internet banking, a exemplo das demais instituições financeiras, é monitorado todo o período disponibilizado aos clientes. A colaboração entre os bancos parceiros nos permite a repatriação das transações fraudulentas que os envolvem”, completa a instituição. 

A assessoria acrescenta que a área de inteligência do BRB subsidiou, desde o início, a Polícia Civil com informações consistentes, garantindo o sucesso da Operação Safira com a captura dos membros da quadrilha. No entanto, o banco assegura que “o valor dos golpes é muito inferior ao divulgado e que não o informará por segurança”.

Saiba mais

Em agosto deste ano, a Operação Safira prendeu o agente penitenciário Marcos Barbosa, suspeito de praticar o mesmo golpe. No mês passado, o segundo suspeito de integrar a organização foi detido em Planaltina de Goiás. Hoje, a Polícia Civil deverá prestar mais esclarecimentos. Todos os detidos ontem deverão ser indiciados por organização criminosa, podendo pegar de quatro a dez anos de reclusão.

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