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Brasília

Em assembleia, servidores da saúde decidem manter greve

Arquivo Geral

13/10/2015 14h30

Na manhã desta terça (13) os funcionários da saúde realizaram uma assembleia geral e votaram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Logo depois, os profissionais fizeram uma caminhada em volta do Hospital de Base para pedir a abertura da negociação com o Governo do Distrito Federal.

“Não aceitaremos esse calote. São leis que estão em vigor desde 2013 e não se tratam de reajustes. Elas são sobre a isonomia de carga horária e a incorporação de uma gratificação que já era paga. Nossas leis não honeram mais os cofres públicos. O GDF precisa ouvir os servidores e sentar para negociar”, explicou Marli Rodrigues.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios determinou a ilegalidade da ação e o retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa. Os Sindicatos dos Médicos do DF (Sindmédicos) e dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (Sindsaúde) alegam não terem sido notificados oficialmente.

Uma nova assembleia geral deve acontecer na próxima quinta-feira (15), podendo ser convocada antes. Até lá, os hospitais estão funcionando parcialmente.

Veja como está o atendimento em cada região:

 

Brazlândia

Hospital regional: atendimento completo na emergência; serviços parados no ambulatório.

Centros de saúde: 30% dos serviços estão mantidos.

 

Ceilândia

Hospital regional: emergência atende normalmente, com dois ortopedistas, um clínico e três ginecologistas. Cirurgias são feitas, inclusive as eletivas. Atendimento suspenso no trauma e na sala de vacinas. Ambulatório parado.

Unidade de pronto-atendimento (UPA): funcionamento normal.

 

Gama

Hospital regional: está com 30% dos servidores. Pronto-socorro de clínica médica não teve atendimento de porta pela manhã. Pronto-socorro de cirurgia geral funciona com restrições. Ortopedia tem atendimento normal. Na pediatria, um médico atende casos de emergência; outro, de baixo risco. O ambulatório está parado.

 

Guará

Hospital regional: emergência normalizada. Ambulatório funciona parcialmente.

Centros de saúde: a unidade 1 está sem atendimento na clínica médica. Na 2, a maioria dos técnicos e médicos voltou ao trabalho após a decretação da ilegalidade.

Centro de saúde da Estrutural: servidores continuam em greve.

 

Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Parkway

UPA: atendimento restrito com dois médicos pela manhã.

Centros de saúde: funcionam parcialmente.

Equipes da Estratégia Saúde da Família: atendem somente com enfermeiros. Médicos e técnicos de enfermagem estão parados.

 

Paranoá

Hospital regional: ambulatório suspenso; emergência normalizada.

Centros de saúde: abertos, mas com poucos médicos e técnicos de enfermagem.

 

Planaltina

Hospital regional: emergência funciona normalmente.

Centros de saúde: a maioria dos serviços está parada.

 

Plano Piloto

Hemocentro: equipe reduzida.

Hospital de Base: emergência, incluindo o trauma, funciona com número reduzido de servidores e atendimento restrito a casos mais graves (laranja e vermelho). No ambulatório, todas as especialidades estão atendendo normalmente. A oncologia — quimioterapia e consultas — funciona, mas a unidade de radioterapia opera com apenas 30% dos servidores. Cirurgias eletivas agendadas estão suspensas.

Hospital Regional da Asa Norte (Hran): no centro cirúrgico, ocorre um mutirão de cirurgias em fissurados. Além disso, apenas cirurgias de emergência ou procedimentos em pacientes internados estão sendo feitos. Cirurgias eletivas foram suspensas.

Na emergência, a pediatria está sem médico para atendimento na porta. Um pediatra atende os pacientes internados. Dois clínicos atendem na porta, e dois estão no centro obstétrico. No ambulatório, o atendimento é apenas na sala de curativos. A odontologia realiza cirurgias. Demais procedimentos estão sendo remarcados. Na dermatologia, apenas pacientes do ambulatório de hanseníase estão sendo atendidos.

Hospital Materno-Infantil (Hmib): atendimento normal no ambulatório. Apenas um urologista e um ginecologista estão em greve. No pronto-socorro pediátrico, dois médicos atendem somente casos graves. Na emergência de obstetrícia, o atendimento é normal, com quatro médicos.

 

Recanto das Emas

UPA: funciona normalmente.

Centros de saúde e clínicas da família: atendem parcialmente.

 

Samambaia

Hospital regional: ambulatório e emergência estão normalizados.

UPA: funciona com dois médicos.

Centros de saúde: atendimento normal.

 

Santa Maria

Hospital regional: atendimentos suspensos no ambulatório, pois técnicos de enfermagem continuam parados. Cirurgias eletivas não são feitas. Médicos e enfermeiros trabalham normalmente. Atendimento normal na emergência.

 

Sobradinho

Hospital regional: atendimento normal no ambulatório e na emergência. Cirurgias apenas de urgência. Técnicos do plantão noturno estão dobrando o expediente por falta de servidores. Uma enfermeira foi deslocada da classificação para ajudar na assistência, por ausência de técnico.

Banco de sangue, banco de leite e unidade de terapia intensiva: atendimento normal. Na radiologia, só são atendidas emergências.

UPA: funciona com um clínico.

 

Taguatinga

Hospital regional: emergência normal. No ambulatório, são atendidos curativos e casos de câncer. Demais pacientes estão sendo remarcados ou encaminhados para outra unidade, conforme o caso. Setor de otorrinolaringologia atende emergências; de cirurgia e reumatologia atendem normalmente; de ortopedia atende curativos e pós-operatório; de cardiologia, oftalmologia e gastroenterologia estão fechados.

 

Centros de saúde: funcionam parcialmente.

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