Menu
Brasília

Maioria dos brasilienses já foi roubada, aponta JBrExata

Arquivo Geral

13/10/2015 7h05

Pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP) mostra que mais da metade dos entrevistados já foi vítima de roubo na capital federal, ou seja, 53%. No caso de violência indireta (quando uma pessoa conhece alguém que tenha sofrido ação de criminosos), esse número chega a 88%. Para ter uma noção melhor do problema, a cada dez habitantes do Distrito Federal, pelo menos oito já vivenciaram algum tipo de ação direta ou indireta de infratores.

Realizado no dia 9 deste mês com 600 pessoas, o exame perguntou aos brasilienses se eles já haviam sido vítimas de roubo. De todos os entrevistados, 318 responderam sim para a questão. Em contrapartida, o número de moradores que nunca foi assaltado foi de 47%. O estudo contou com a participação de representantes de todas as classes sociais da capital federal a partir dos 16 anos. Além disso, a contribuição da população masculina do DF no exame foi maior do que a feminina, chegando a 55% dos entrevistados.

São exatamente eles, os homens, os mais visados pela violência. Segundo o relatório, de toda a amostra masculina ouvida, 54% já foi roubada, enquanto, no quantitativo do sexo oposto, o número é de 51%. Em relação à faixa etária, os principais alvos dos criminosos são os cidadãos entre 27 e 37 anos, representando 56% desse grupo, seguido dos mais jovens, entre 16 e 26 anos. Os idosos com mais 60 anos estão entre os que menos são vítimas de ocorrências.

Outro dado que impressiona é o número de moradores com faixa superior de renda que são roubados. Eles representam 63% de todas as pessoas na mesma condição que participaram da pesquisa. Depois, são os de renda inferior os que mais sofrem com a situação da insegurança pública do Distrito Federal. Por outro lado, são os brasilienses de classe média alta os que menos são roubados.

População culpa lei branda

A pesquisa revelou ainda outro número significativo. Mais da metade dos brasilienses entrevistados (58%) acredita que o principal problema da segurança pública é a legislação branda e, consequentemente, a impunidade. Apenas 18,8% afirmaram que o crescimento da violência se deve à falta de policiamento nas ruas.

Em terceiro lugar, a falta de qualificação e treinamento dos agentes de segurança aparece como mais um agravante para o problema da segurança pública na capital. 

As avaliações mostraram também que a metade da população do Distrito Federal se considera menos segura do que no ano passado. E, mais do que isso, o medo é crescente de acordo com a faixa etária. Entre os que se consideram menos seguros estão os moradores da capital com mais de 60 anos de idade, representando 69% do grupo. Por outro lado, os moradores que se sentem mais seguros pertencem à classe média alta, em especial, os que residem no Plano Piloto – asas Sul e Norte.

Rollemberg diz que DF avança em resultados

Questionado, ontem, sobre o resultado da pesquisa, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que, atualmente, a violência urbana é um problema que atinge todo o País, mas que o Governo de Brasília está enfrentando a situação com firmeza e, inclusive, avançando nos resultados. 

“Em nove meses, nós reduzimos praticamente todos os indicadores de violência. O número de homicídios, por exemplo, nós conseguimos reduzir 16% nesse período”, garantiu o governador, ressaltando que o governo vai continuar atuando de maneira intensa para diminuir todos os indicadores.

Ainda de acordo com Rollemberg, a violência é fruto de um conjunto de fatores e não apenas em razão das leis brandas, como opinou a população do Distrito Federal na pesquisa. “Não podemos simplificar colocando a responsabilidade em apenas um ponto ou outro”, completa.

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado