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Brasília

Suspeitos de traficar pessoas para prostituição são presos pela Polícia Civil

Arquivo Geral

28/08/2015 9h15

Quatro pessoas foram presas na manhã desta sexta (28) suspeitas de integrarem uma associação criminosa envolvida no tráfico de pessoas. Os suspeitos mantinham as vítimas em cárcere privado, na região central do Areal, em Águas Claras. Três mulheres, com idades entre 18 e 25 anos, foram resgatadas das mãos dos criminosos e já estão sob a proteção do Ministério da Justiça. 

Segundo o delegado-chefe da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), Alexandre Dias, os criminosos traziam as vítimas de outros estados brasileiros. Elas eram iludidas com boas propostas de emprego e moradia. “Ao chegar no Distrito Federal, as mulheres eram mantidas em cárcere e só eram liberadas para praticar os programas, na região de Taguatinga, onde eram constantemente monitoradas”, afirmou.

Atuação

De acordo com Dias, ainda não é possível mensurar quantas pessoas já foram vítimas dos criminosos nem o tempo de atuação deles. No entanto, foi apreendido um caderno de anotações que consta o histórico de programas feitos desde o ano de 2012. Todo o dinheiro dos programas era repassado à Márcio de Melo Miranda, 34 anos, que liderava a associação junto com a esposa, Helena de Freitas Carvalho, 31 anos. Os suspeitos tinham uma parceria com Luiz Carlos da Silva Januário e Daniel Macedo Magalhães, ambos com 27 anos. 

“As condições do cárcere eram sub-humanas”, declara o delegado. De acordo com ele, duas mulheres e um homem, que chegaram em Brasília nessa quinta (27), já foram resgatados, mas não participaram de programas. “As vítimas eram constantemente ameaçadas. Eles obrigavam as meninas a usarem drogas para que ficassem ainda mais dependentes e submissas. Eles ainda falavam o tempo todo que, caso houvesse alguma denúncia à polícia ou fuga, quem sofreria alguma mal era a família”, explica.

As investigação iniciaram há cerca de um mês e meio, após uma denúncia anônima. O delegado não pôde informar de quais estados brasileiros as vítimas eram recrutadas, pois há suspeita de que haja ainda mais envolvidos. Portanto, as investigações continuam. Os presos devem responder por cárcere privado, associação criminosa e rufianismo, que é a exploração de lucro por meio da prostituição alheia.

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