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Brasília

Vistoria constata falta de segurança na ponte JK

Arquivo Geral

28/08/2015 6h00

Tatiane Alves

Especial para o Jornal de Brasília

A ponte JK é um dos principais cartões postais da capital. Conhecida como um dos pontos mais visitados de Brasília, a ponte deixa a desejar quando o assunto é manutenção e segurança. Na manhã de ontem, equipe do Corpo de Bombeiros e engenheiros da Novacap realizaram vistoria no local e constaram cabos soltos.

Apesar disso, o major Lourival garante que o problema não causa danos estruturais: “A ponte não oferece nem um risco à população, pelo menos na pista de rodagem. Há um cuidado maior no guarda-corpo, onde alguns cabos de aço estão quebrados. Nos locais dessas rupturas, pode ocorrer de alguma criança, idoso ou transeunte não observar onde estão os cabos rompidos e cair, mas com a estrutura da ponte está tudo legal”.

O major acrescenta que, como medida preventiva, foi solicitada à Novacap reposição dos cabos o mais rápido possível para evitar uma surpresa desagradável.

Em nota, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) garantiu que os cabos rompidos serão substituídos e que pretende reformar a ponte. Apesar de não apresentar prazo, a Novacap garante que o fará em breve. 

“Vamos fazer o levantamento dos custos necessários para repor os cabos e providenciar a substituição deles o mais rapidamente possível”, garante a Novacap.

De acordo com o órgão, há um projeto de recuperação da Ponte JK em andamento, aguardando disponibilidade financeira. O projeto de manutenção preventiva e corretiva prevê recuperação de guarda-corpos, limpeza, pintura, recuperação de pavimentação e iluminação.

Perigos

O ciclista Daniel Matos Fonseca, 21 anos, pelada no local todos os dias para ir ao trabalho. São 56 km de ida e volta percorridos  diariamente. “O local é lindo, porém, não há espaço para nós, ciclistas. Então, somos obrigados a passar entre os pedestres ou entre os carros. E para um local estreito como esse, que já tem sua estrutura danificada, fica mais perigoso ainda passar por aqui”, revela.

O problema da Ponte JK já persiste por algum tempo. Em junho deste ano, o JBr. publicou matéria, em que turistas e moradores da região reclamavam do lixo jogado por quem passa a pé e pelas janelas dos carros, do alambrado quebrado, com espaços por onde uma criança cairia facilmente e de partes do arame espalhadas pelo chão, que podem causar acidentes. Cadeados com iniciais de casais apaixonados também são colocados nas telas, o que pode contribuir para a fragilidade do material.

Órgão diz fazer manutenção básica no local

Em nota, a Novacap informa que tem um contrato de monitoramento desde 2011 para acompanhar e monitorar o “comportamento” da edificação, detectando oscilações, movimentações, fissuras, dilatações, entre outros problemas. Com base nisso, é feita manutenção básica, conforme a demanda encaminhada pelos técnicos.

A companhia diz que a Ponte JK tem uma sala onde é realizado monitoramento da estrutura. Nos arcos da ponte, estão instalados sensores que enviam sinais sobre a movimentação da estrutura metálica e dos cabos de sustentação da obra. Esses sinais podem indicar se há alguma movimentação inesperada que possa comprometer a segurança da estrutura.

Memória

Em janeiro de 2011, a ponte foi interditada em função de um desnível na junta de dilatação. Por medida de segurança, a velocidade permitida foi de 40km/h até que o problema fosse solucionado. Na época, a falta de manutenção foi apontada por engenheiros como o principal motivo da falha,  corrigida posteriormente pela Novacap.

Saiba mais

Inaugurada em 2002, a Ponte JK tem 1,2 mil metros de extensão e é uma das principais vias de ligação entre o Plano Piloto e o Lago Sul. 

A terceira ponte foi construída para desafogar o tráfego diário de 100 mil veículos das  pontes Presidente Médici, ou Ponte das Garças, e Costa e Silva, agora Honestino Guimarães.

A Ponte JK possui três arcos, que a sustentam por meio de cabos de aço, e três tabuleiros com vãos de 240 metros cada.

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