Tatiane Alves
Especial para o Jornal de Brasília
Moradores das QNC e QNB em Taguatinga Norte reclamam da falta de água na região. Eles alegam que chegam a ficar mais de 20 horas sem abastecimento. Para resolver a situação, eles buscam alternativas próprias.
Joanice Sampaio, 74 anos, informa que, desde 1958, sofre com isso. Apesar de o problema ser antigo, a moradora alega que piorou muito de um ano pra cá. “Antes tinha falta d’água, mas não era constante. Agora, além de não avisar que vão suspender o abastecimento, o problema virou rotina aqui em casa. Ontem mesmo ficamos sem o dia inteiro. Só voltou hoje pela manhã. E semana passada, ficamos três dias sem água”, explica a senhora.
Joanice conta que, quando há falta do recurso, todos se viram com a caixa d’água. Porém, não é suficiente para suprir as necessidades da família. Ela informa que, toda semana, pelo menos um dia, eles ficam sem o abastecimento por 24 horas. E, mesmo sem o fornecimento, a conta não para de aumentar.
“No ano passado, chegamos a pagar R$ 1.500. Quando reclamamos, o preço baixou para R$ 80. Agora voltaram os aumentos e estamos pagando por volta de R$ 290. Tenho certeza que não gastamos tudo isso”, afirma Joanice.
Moradores das quadras QNC e QNB afirmam que a falta de água é uma realidade, mas não são tão afetados quanto Joanice. Paulo Roberto, 61 anos, comenta que, há duas semanas, o problema persiste no local. “Sempre que acontece, ligo para a Caesb e eles informam que estão fazendo manutenção na rede. Não sofro tanto porque a caixa d’água tem dado para realizar as tarefas da casa. Acredito que seja um problema pontual e que se resolva logo”, diz.
Problema afeta também os comerciantes
O problema tem atingido também os comerciantes da região. Erison Pereira, 38 anos, tem seu comércio na QNC há pelo menos dez anos. Durante esse tempo, ele diz que o fornecimento de água sempre foi tranquilo. Apenas de um mês para cá, a falta tem sido constante. “Hoje não faltou, mas ontem foi o dia inteiro sem água aqui”, frisa o cabeleireiro.
A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), informou que, na região, apenas uma reclamação foi registrada, no dia 31 de julho. “Nesse dia, foi uma situação emergencial e não tivemos como avisar. Porém, o abastecimento foi normalizado às 16h e não o dia inteiro, como dizem os moradores. Sempre que fazemos manutenção na rede, o aviso é encaminhado para a mídia e postado também no site, com três dias de antecedência”, justifica a assessoria da Caesb.
