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Brasília

Em Ceilândia, pedestres reclamam de risco para atravessar a BR-070

Arquivo Geral

04/08/2015 6h00

Medo e preocupação. Moradores do Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Ceilândia, reclamam da falta de uma passarela na rodovia BR-070, no km 8. De acordo com eles, a situação gera transtorno,  principalmente, nos horários de grande fluxo de carros. Há mais de três anos, residentes, alunos, funcionários e clientes aguardam por uma solução e afirmam que já houve mortes no local. 

O morador Ronaldo Matias, 36 anos, afirma que é necessário uma intervenção o quanto antes para evitar que mais acidentes ocorram no local. “Sempre acontece tragédia por aqui. Já vimos atropelamentos e mortes. Mas não dá pra ficar esperando mais desastres. Precisamos de uma passarela. Não é para amanhã, é para hoje”, cobra Ronaldo.

O brigadista Roberto Lopes, 36 anos, mora em frente a um grande atacadista da região e conta que se aventura ao realizar compras a pé. “É muito perigoso. Os motoristas não obedecem o limite permitido e andam em alta velocidade. Oito pessoas já perderam a vida tentando chegar ao outro lado da rua. É um setor com mercado, mas é dificil passar,” garante.

Riscos

A equipe de reportagem, enquanto esteve no local, flagrou várias situações em que os pedestres correm o mais rápido que conseguem para fugir dos perigos que a rodovia oferece.

Daiane Cristine, 25 anos, atravessou a pista correndo. Ao chegar à calçada, ela contou que passa por essa situação diariamente e reclama do abandono do local. “Não faz um mês que atropelaram uma pessoa aqui. Tem um redutor de velocidade que não adianta de nada. Precisamos mesmo é de, pelo menos, uma faixa de pedestres”, ressalta Daiane.

Trabalhadores dependem da sorte

Para Flávia Araújo, 30 anos, uma passarela na rodovia seria o ideal. Apesar do intenso trânsito de carros, ela se arrisca para chegar ao outro lado da via, onde trabalha. 

“É uma luta pra atravessar. Tenho medo, mas é a situação que temos. Alguns motoristas são até bonzinhos. Damos sinal e eles param para a gente passar, mas, caso contrário, temos de contar com a sorte”, relata Flávia.

Alessandra da Costa, 39 anos, trabalha em uma rede atacadista e conta que, à noite, a situação é ainda pior. “Acontece muito acidente com pedestre. Por aqui, passam funcionários, clientes, moradores, gestantes. Ás vezes, perdemos clientes porque os idosos não conseguem atravessar. Tem dia que ficamos de 15 a 20 minutos esperando uma brecha para passar”, conta.

Versão oficial

Em nota, a assessoria de comunicação de Ceilândia disse que a rodovia é responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O DER, por sua vez, disse ser incumbência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por se tratar de uma rodovia federal. A reportagem procurou o Dnit, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

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