Tatiane Alves
Especial para o Jornal de Brasília
Se as crianças não podem ir ao circo, o picadeiro vai até elas. Foi o que fez o francês Cirque Amar, que está em Brasília e se apresentou para cerca de 80 meninos e meninas da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). A atitude surpreendeu a presidente da entidade, Ilda Peliz. “Para nós, foi uma surpresa. É a primeira vez que um circo se oferece para vir até a instituição. Foi maravilhoso. As crianças, hoje, estão em uma alegria que só!”, comemorou.
O circo veio ao DF pela primeira vez para temporada de dois meses. Para a apresentação de ontem, eles montaram uma miniestrutura de picadeiro. Houve mágica, dança, teatro, exibição com equilibrista e palhaços. “Muitas crianças não podem ir ao circo, umas por questões financeiras, e outras pela doença. Então, por que não levar um pouco de alegria a elas?”, frisou o produtor Bryaw Stevanwovich Gil.
Dez artistas estiveram presentes na apresentação. Entre eles, um mexicano, um argentino, um espanhol, um francês, um italiano e uma australiana contorcionista.
O espetáculo durou cerca de 45 minutos. E os palhaços foram peças fundamentais desse grande show. “Para nós, ver todas essas crianças é muito satisfatório. Acredito que para elas também. Levar um pouco de alegria a elas não tem preço!”, disse o palhaço Marreta.
Para Rafaela Batista, sete anos, foi maravilhoso assistir ao espetáculo. Ela nunca tinha visto uma apresentação de circo e ficou tão encantada que não soube escolher um momento favorito. “Eu gostei de todos”, destacou a garotinha.
Dayane de Moura é mãe de Angelina Moura, sete, que sofre de aplasia na medula. Para ela, ações como essa são admiráveis: “É gratificante ver o sorriso no rosto deles”.