O impasse entre taxistas e representantes do aplicativo Uber permanece sem solução. No entanto, a possibilidade de uma parceria entre os dois serviços foi levantada durante uma reunião entre o governador Rodrigo Rollemberg e o vice Renato Santana com ambas as partes envolvidas no conflito, ontem.
A proposta, porém, foi descartada, pelo menos por enquanto, pela presidente do Sindicato do Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do DF (Sinpetáxi), Maria do Bonfim de Santana. “Não estamos pensando na possibilidade de adquirir carros pretos e colocar nossos motoristas vestidos de terno. A ideia foi levantada, mas vamos esperar o governo estudar todos os lados do conflito”, explica Maria.
Na reunião, esteve em pauta o projeto de lei que visa proibir aplicativos privados de transporte. Rollemberg, inclusive, informou que, antes de qualquer definição, a Procuradoria- Geral do DF será ouvida a respeito das questões jurídicas envolvidas. O governo tem até o dia 6 de agosto para concluir o projeto.
Rollemberg ressaltou ainda que o assunto é uma novidade e, portanto, merece reflexão. “É um tema complexo, que envolve questões jurídicas e econômicas, que surgiu em função do avanço da tecnologia”, explicou. Mesmo assim, ele garantiu que a sanção ou o veto ao projeto não vai acabar com a polêmica. “Seja qual for a decisão, não vai extinguir o problema. De fato, algum tipo de regulamentação precisa existir”, completou.
Também participaram da reunião representantes dos aplicativos 99Taxis e Easy Táxi. A Uber informou, em nota, que continua aberta ao debate, reforçou que seu objetivo é oferecer um transporte seguro e de qualidade, e defendeu o direito de escolha do usuário.
