Desde o último dia 2, a Secretaria de Saúde suspendeu os partos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). De acordo com a pasta, a restrição no centro obstétrico do hospital se deve à falta de médicos neonatologistas na unidade, cujo o déficit é de 20 profissionais. “A contratação de médicos especializados nesta área é de responsabilidade da empresa Intensecare, que presta serviços ao HRSM e alega estar com dificuldades financeiras”, informou.
Ainda segundo a Secretaria, as pacientes que estiverem em trabalho de parto serão encaminhadas para o Hospital Regional do Gama (HRG). “Estamos remanejando profissionais para reforçar o atendimento no HRG”, esclareceu. A pasta recomenda que, após o parto, as mães e os bebês retornem para o HRSM. “O transporte será feito em ambulâncias do Hospital de Santa Maria”, concluiu a Secretaria.
A empresa Intensicare também atende as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrico, que estão funcionando normalmente, segundo a pasta.
“A Intensicare está sem contrato com o governo desde a gestão passada e recebe os pagamentos pelos serviços prestados por meio de despesa indenizatória – quando a empresa presta o serviço, apresenta a nota fiscal referente ao que foi efetivamente cumprido e, depois, recebe o pagamento -, que é mais demora para ser compensado porque precisa ser auditado”, esclareceu.
Somente neste ano, foram repassados para a empresa aproximadamente R$14,5 milhões referentes aos serviços prestados entre os meses de janeiro e abril. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, as despesas referentes a maio e junho já foram apresentadas e estão sendo auditadas.
