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Brasília

Oito pessoas são presas no Guará por invasão de terra pública e estelionato

Arquivo Geral

30/06/2015 10h30

Oito suspeitos de integrar uma quadrilha que praticava crimes de grilagem de terra e estelionato foram presos na manhã desta terça (30). Entre eles estão um policial militar e um homem que se passava por delegado. Segundo a Polícia Civil, o grupo retirava, sob ameaças e agressões, moradores do Setor de Chácaras Lúcio Costa, no Guará, e revendia os terrenos para mais de um comprador. Outras três pessoas já haviam sido presas por outros crimes, como tentativa de homicídio, durante a investigação.

De acordo com o delegado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), Rodrigo Larizzatti, a área já era habitada, por invasões, há mais de 20 anos. No entanto, nas eleições de 2014 a organização criminosa começou a agir no local. Os lotes eram vendidos por um valor entre R$40 mil e R$80 mil. “É uma área grande e valorizada”, relata o delegado. De acordo com a corporação, em alguns casos os terrenos eram parcelados e vendidos para mais de uma pessoa. “Há indícios que a quadrilha atuava na região desde 2008, mas só tomamos conhecimento no fim do ano passado”, afima Larizzatti.

A operação, batizada de “Terra Prometida”, continua com as investigações. Nesta terça, foram cumpridos 11 mandados de prisão e oito de busca e apreensão. Durante a ação, foram apreendidos armas, facas, carimbos falsos, documentos e R$1,3 mil. A Polícia ainda procura por um foragido e mais dois participantes do esquema. 

Ameaças

O falso delegado também se passava como responsável por uma suposta prefeitura comunitária. Segundo Larizzatti, essa era uma forma de passar uma “sensação de legalidade”.

Ele e outros dois “cabeças” tinham a ajuda de jagunços para ameaçar e retirar a força os moradores das residências irregulares. Segundo Larizzatti, alguns moradores chegaram a ser agredidos pela quadrilha. Há, inclusive, relatos de assassinatos. Desde o início da investigação, durante o período eleitoral, a Polícia Civil já recebeu mais de 15 ocorrências em relação aos crimes praticados na região. Denúncias anônimas também ajudaram a corporação a chegar até os criminosos.

Na ação, um policial militar também foi preso. Ele era um dos capangas que ameaçavam os moradores. Segundo a Polícia Civil, o militar ficará à disposição da Corregedoria da PM, que ainda não foi notificada sobre o caso. 

Penas

Os suspeitos vão responder por organização criminosa, invasão de área pública, parcelamento irregular, porte ilegal de arma, estelionato, coação do curso do processo, ameaça, tentativas de homicídio e homicídio.

*Com informações de Ludmila Rocha

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