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Brasília

Mudança em avenidas de Taguatinga agrada, mas ainda causa dúvidas à população

Arquivo Geral

26/06/2015 6h20

Otimismo permeia a implementação de mão única nas avenidas Comercial e Samdu de Taguatinga. A promessa da Vice-Governadoria do DF é que, em até 40 dias, as mudanças aconteçam em definitivo, mas a população, apesar de concordar, revela desconhecimento sobre o assunto. Alguns comerciantes temem perder clientela, mas a própria Associação Comercial do DF (ACDF) vê a iniciativa com bons olhos.

“Qualquer mudança pode ter reação contrária da sociedade. A partir do momento em que todo o transito fluir na mesma direção, você  terá melhor qualidade de locomoção”, acredita o presidente da entidade, Cléber Pires. Para ele, a resistência de alguns é natural e será vencida à medida que as coisas melhorarem.

O vice-governador   Renato Santana  espera  convencer os desconfiados com argumentos sólidos. Nas próximas semanas, deve  ocorrer uma  audiência pública. “A inversão  pode trazer uma injeção de ânimo para o comércio da cidade, que está consolidado no contexto de Brasília”, exalta.

A ideia   existe há mais de 30 anos e ganhou força novamente nos últimos cinco anos, mas sem planos concretos. Conforme a Vice-Governadoria explicou, a Avenida Comercial passará a fluir no sentido norte-sul, e a Samdu no sentido sul-norte, com as avenidas paralelas alimentando as principais, mas na mão contrária.

Por enquanto, OK

O serralheiro Edivânio Pereira de Souza,   42 anos, mora em Águas Lindas (GO), na Região Metropolitana, mas precisa resolver assuntos em Taguatinga com frequência. Para ele, a mão única ajudaria a comportar a   quantidade de carros: “É   confuso saber onde pode entrar e  cruzar. Acho que melhoraria tudo”.

Receio quanto ao movimento no comércio

Morador da Comercial Norte, o gerente de compras de um estabelecimento de decoração  Antônio Filho da Silva, de 48 anos, não vê a mudança com tanto otimismo. “ A princípio, o trânsito ficaria bom, mas os comerciantes seriam prejudicados. O pessoal teria que voltar pela outra avenida e ia diminuir o fluxo de gente passando pelas lojas”, argumenta.

Já a balconista Sueli Lima Gonçalves, de 37 anos, natural de Ceilândia, mas cujo emprego fica em Taguatinga, enxerga benefícios do novo esquema de trânsito. Ela apenas pede que as autoridades não se esqueçam dos usuários de transporte público. “Quem trabalha em uma avenida e precisa ir para o sentido contrário dela vai ter de andar bem mais. Se as paradas de um lado ficarem muito vazias, porque todo mundo quer ir para o outro sentido, também pode ser perigoso”, expõe.

O vice-governador Renato Santana não acredita no cenário descrito por Sueli devido ao planejamento criado. Ele diz que foi analisada a existência de “pontos focais de caminhada” nas avenidas. Seriam locais cuja concentração de pessoas querendo atravessar a rua ou esperar ônibus é grande. 

“Na Samdu, por exemplo, o raio máximo de caminhada entre esses pontos é de 500 metros. O pedestre caminhará no máximo dez minutos e isso também ajudará a oxigenar o comércio”, explica.

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