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Brasília

Construções irregulares são retiradas do Setor de Inflamáveis

Arquivo Geral

01/06/2015 20h36

O governo de Brasília iniciou a retirada de cerca de 50 ocupações irregulares na manhã desta segunda (1). A invasão está em área pública no Setor de Inflamáveis, que fica no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A operação foi dividida em três partes. Nas duas primeiras, aproximadamente seis hectares foram desapropriados. A terceira ocorrerá nesta terça (2).

Estudo da Defesa Civil realizado neste ano mostrou que se trata de um local de risco, por causa dos gasodutos e oleodutos. Algumas construções derrubadas hoje estavam a menos de três quilômetros dos depósitos de inflamáveis, sendo que deveriam estar a, no mínimo, dez quilômetros.

Em um dos barracos, três adultos, acompanhados de 12 menores, resistiram à atuação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), e a Polícia Militar precisou intervir. Um jovem foi apreendido e encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Em outro ponto, manifestantes tentaram fechar uma das ruas do SIA, mas foram contidos pelas forças de segurança.

O gerente de Operações da Subsecretaria da Ordem Pública e Social (Seops), da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Sérgio Santos, ressalta que é fundamental manter o perímetro sob vigilância após a retirada. “Muitas vezes, quando saímos, os invasores iniciam uma nova demarcação de território, tentam criar outra invasão no lugar.”

Duas pás mecânicas, nove caminhões e trator foram utilizados durante a operação. Entre o material coletado estavam tijolos, madeirites, arames farpados, estacas e outros restos de construção civil. Ligações ilegais elétricas (gambiarras) e cisternas também foram desativadas.

Acolhimento

De acordo com levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, 14 famílias foram retiradas do Setor de Inflamáveis nesta quarta-feira. Dezoito pessoas aceitaram ser encaminhadas à Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias (Unaf), em Taguatinga, onde há refeições e acompanhamento de assistentes sociais. O local também possui dormitório e pode ser utilizado enquanto durar a situação de vulnerabilidade.

Também participaram da retirada servidores do Corpo de Bombeiros, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e do Departamento de Trânsito (Detran), além de conselheiros tutelares.

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