Catadores do Lixão do Jóquei, na Estrutural, se reuniram no local de despejo, na manhã desta segunda (25) para reivindicar melhorias nas condições de trabalho. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas participaram do protesto.
De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Lixão deverá permanecer fechado até o meio dia desta segunda. A pasta explica que o fechamento se dá devido “às necessidades operacionais do órgão para implantar novos procedimentos que proporcionem segurança aos trabalhadores do local”. Os critérios de segurança estão sendo revistos e entrada dos caminhões serão reavaliadas, para evitar possíveis atropelamentos e soterramentos dos catadores.
Fechamento
O lixão não tem prazo para encerramento geral das atividades, pois o aterro de Samambaia ainda está em andamento para a realização do consórcio.
Segundo o SLU, no Aterro de Samambaia entrarão apenas os dejetos que não tem condições de serem reutilizados. No local, não será permitida a entrada de catadores e terá segurança reforçada. O Lixão do Jóquei, portanto, receberá dejetos que não possuem possibilidade de serem aterrados.
A administração
Segundo a Administração da Estrutural, o administrador da região participa de todas as reuniões no que tange a qualidade do trabalho dos catadores, mas ainda não deu um parecer definitivo sobre o possível fechamento do lixão. “Ele [o administrador] não se pronunciou ser contra ou a favor, mas participa das reuniões que visam melhorar a qualidade do trabalho no local”, informa a administração.
Os resíduos
O Lixão do Jóquei recebe aproximadamente 2.500 toneladas por dia de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e entre 6 mil e 8 mil toneladas/dia de resíduos da construção civil, excetuando-se os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS), eletroeletrônicos e pneumáticos.
O despejo do lixo na região teve início, na década de 1960. E, segundo relatório do SLU, o lixão recebe 100% do lixo produzido no Distrito Federal.
