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Brasília

Em casa no Guará, pai e dois filhos contraíram dengue

Arquivo Geral

14/05/2015 6h00

O marido e dois filhos, um de 12 anos e outro de  três meses de vida: todos doentes em um intervalo de três semanas. No diagnóstico, dengue. Esse foi o cenário em que uma terapeuta do Guará 2 viveu no último mês. Ela e o companheiro afirmam que o foco não é a casa em que moram, mas provavelmente possíveis pontos na vizinhança. O marido entrou em contato com a Vigilância Ambiental, mas ainda não teve retorno.

Segundo   o funcionário público Fausto (nome fictício), 39 anos, o problema começou há três semanas. “Primeiro, foi o meu filho mais velho. Ele começou a apresentar os sintomas típicos da dengue e resolvemos levá-lo ao hospital. Feitos os exames, foi constatado que ele estava com o vírus”, disse o morador da QE 15, Conjunto O.

O problema, que já era delicado,  ficou pior. Duas semanas após o mais velho ser detectado com dengue, Fausto e o caçula também foram contaminados. “O menor foi o que  ficou menos abatido, mas foi com o qual tivemos a maior preocupação devido à pouca idade”, revela. Fausto conta que ele e o filho de 12 anos ficaram de cama por dias. “Eu fiquei dez dias de licença do trabalho porque não tinha condições”, revela.

Abatido e sem apetite

A esposa de Fausto, Joana (nome fictício),   35 anos, relata os problemas enfrentados pelo filho mais velho: “Por causa da dengue, ele perdeu uma semana de provas. Estava abatido, sem apetite e chegou a perder 4 kg”. 

Preocupado com a saúde dos filhos e da esposa, que se diz com sorte por não ter sido infectada, Fausto contactou um funcionário do posto de saúde, que foi à casa da família verificar se havia foco de dengue. “Ele averiguou e não encontrou nada. Como não viajamos nem fomos a nenhum outro lugar, concluímos que contraímos no  Guará”, explica.

O funcionário, segundo Fausto, disse que entrou em contato com a Vigilância Ambiental para averiguar focos do mosquito em outras residências, o que não ocorreu. “Na semana passada, eles me informaram que o serviço poderia ocorrer em 20 dias, podendo ser prorrogado por mais 20”, detalha Fausto.

Família teme por focos na vizinhança

Preocupados, Fausto e Joana temem pela saúde da família. “Eu entendo que eles têm uma grande demanda, mas a presença dos mosquitos é constante. Mesmo com todos os cuidados, estamos todos expostos”, reclama Joana. “Além das preocupações básicas, reforçamos com repelente de tomada e borrifando veneno nos cômodos”, complementa Fausto.

Na mesma rua, o aposentado Rivaldo Alves de Siqueira, 70 anos, diz também ter tido o mesmo problema da família. “Tive dengue há um mês, mas não tenho certeza se contraí aqui, pois fiquei um tempo em Taguatinga, na casa da minha mãe. Minha irmã, que estava comigo, mas mora no Lago Oeste, também teve na mesma época”, relata. Apesar da desconfiança, Rivaldo confirma que já viu ações contra a dengue em outros anos, coisa que não notou em 2015. 

Versão oficial

 Procurada, a Administração Regional do Guará informou que realiza diversas ações de combate ao mosquito da dengue e da febre chikungunya. A região é a sétima em quantidade de registros de dengue, com 180 casos confirmados até o dia 4 deste mês. O chefe de gabinete da administração, Márcio Rogério, afirmou que ações conjuntas com outros órgãos são feitas para diminuir os casos na região. “Vale salientar que as ações são feitas a partir de mapeamento e um número grande de casos”, explicou.

A Vigilância Ambiental informou que a prevenção no Guará foi feita com o fumacê nos conjuntos da QE 15 há 15 dias. Na área, de acordo com a vigilância, não há um número expressivo  de pacientes detectados com o vírus da dengue, apenas casos pontuais. O órgão pede para que o morador vá até o  Núcleo de Vigilância Ambiental para registrar o conjunto em que mora para que a equipe faça a busca direcionada.

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