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Brasília

Paróquia realiza missa sertaneja

Arquivo Geral

11/05/2015 6h01

Lúria Rezende

Especial para o Jornal de Brasília

Desde que assumiu a Paróquia Maria Auxiliadora, em Arniqueiras, há três anos, o padre Agenor Vieira realiza uma espécie de quermesse para homenagear a padroeira que dá nome à igreja e  levantar fundos para o templo. Como parte da festividade do mês, o sacerdote realizou, ontem, uma missa sertaneja.

Com a presença de centenas de pessoas, às 17h, podia se ouvir o som do acordeon anunciando o início da missa especial. “Para nós, esse momento é muito comovente. O rito é celebrado com letras litúrgicas encaixadas em músicas sertanejas, como Asa Branca, por exemplo”, explica o pároco. O padre acredita que, por estarmos no coração de Goiás, esse tipo de música emociona e aproxima as pessoas de suas raízes. “É como um resgate”, ressalta. 

Com a ajuda de três casais festeiros, o Padre Agenor lidera a organização da festa de barraquinha. “Este ano, tivemos show com Zé Mulato & Cassiano, além do sucesso das comidas e do bazar”, conta uma das organizadoras, Lúcia Ribeiro. 

Frequentadora da igreja, a aposentada Cida Cavalcante assiste à missa pela segunda vez e se emociona. “Todo mundo fica tocado. É muito lindo. Também fico impressionada como a festa cresceu. Tomou outra proporção”, diz. 

Parte fundamental da festa, o cantor da banda Presença Sertaneja, Anísio Coelho, conta que roda todo o Brasil entoando missas cantadas. “Tocamos muito em Goiás e, no segundo semestre, vamos para a Missão Roraima”, anuncia. Ele explica que muitas das músicas são conhecidas pelo público, só que com letras católicas. Fazemos muitas adaptações”, completa. 

História 

A história de devoção a Nossa Senhora Auxiliadora teve início no século XVI, com a vitória da tropa cristã sobre o temido exército do imperador turco Selim I, que havia conquistado várias ilhas e ansiava conquistar toda a Europa. Para impedir a ação, o Papa Pio V criou uma esquadra para enfrentar a legião vinda do Mediterrâneo. A arma mais poderosa usada pelos combatentes religiosos foi a invocação pelo auxílio da Virgem Maria, o que acabou dando certo.

Festas são organizadas desde 1816

A invocação pelo auxílio da Virgem Maria passou a ser vista como um milagre, e a Virgem Maria passou a ser chamada de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos.

Em 1811, o imperador francês Napoleão I, interessado em conquistar países europeus, foi excomungado pelo Papa Pio VII. Para se vingar, ele sequestrou o pontífice e o manteve sob o seu poder por cinco anos. Preso, o religioso apegou-se a Nossa Senhora Auxiliadora e prometeu que, se fosse libertado, faria a coroação de sua imagem. Ele voltou para Roma em 24 de maio de 1816 e instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, celebrada até hoje.

Nossa Senhora Auxiliadora é padroeira de Goiânia, Iporá (GO), Bagé (RS), Santa Maria do Pará (PA) e Porto Velho, além de ser nominada a Patrona das Famílias e dos Lares.

Este mês, a igreja ainda realizará o novenário de Maria Auxiliadora/Divino Espírito Santo nos dias 15 a 23 e a Missa Campal, no dia 24, presidida por Dom José Aparecido, com almoço de encerramento.

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