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Brasília

Polícia Civil apreende 278 suplementos alimentares ilegais

Arquivo Geral

01/04/2015 20h20

Em uma época onde valoriza-se cada vez mais o corpo escultural e torneado, muitas pessoas não têm limites para chegar ao tão desejado padrão de beleza. Com isso, tornou-se cada vez mais comum o uso de suplementos alimentares. Muitos comerciantes se aproveitam da situação para vender produtos que são muito procurados pelos clientes, mas não são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a prática deste crime cada vez mais comum, a Polícia Civil deflagou na última quarta (25), a Operação Bombado. Na ação, quatro homens foram autuados e mais de 278 produtos ilegais foram apreendidos. 

A prisão mais recente da operação ocorreu nesta quarta (1). O dono de uma loja de suplementos alimentares foi preso após vender produtos sem a autorização da Anvisa. O estabelecimento estava repleto de anabolizantes. Durante a ação, deflagrada pela Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Dcpim), 112 produtos ilegais foram apreendidos. 

Segundo a delegada responsável pelo caso, Mônica Ferreira, além de ter em seu comércio muitos produtos não autorizados e trabalhar com anabolizantes, ele tinha uma passagem por ter aberto um estabelecimento sem a autorização da Anvisa. “O que mais chamou a atenção da corporação na apreensão de hoje foi a quantidade de seringas e anabolizantes. Acreditamos que ele fazia aplicação dos produtos no local”, afirmou a delegada.

Operação

A operação ocorreu após a Polícia Civil receber diversas denúncias anônimas feitas pelo 197. No início da ação, no dia 25, dois homens responsáveis por quatro lojas de suplementos alimentares, em Águas Claras e Taguatinga, também foram autuados pelo mesmo motivo. 

No estabelecimento, a polícia apreendeu 24 produtos sem o certificado de autorização da Anvisa e com a data de validade vencida. “No caso dos produtos legalizados, os mesmos devem conter um rótulo com a tradução dos componentes para os clientes saberem o que estão comprando”, esclareceu a delegada responsável pelo caso, Mônica Ferreira.

Na quinta (26), um dia depois da primeira autuação, um novo suspeito foi localizado. Mas com um diferencial: ele vendia os produtos através da internet. Na residência dele, em Samambaia, foram apreendidos 138 suplementos ilegais. De acordo com Mônica, este é um crime difícil de solucionar, pois os suspeitos costumam dizer que a droga é para uso próprio. “Geralmente os suplementos que não têm autorização ficam camuflados e em poucas quantidades, pois assim os donos podem enganar as autoridades”, revelou a delegada. 

Um dos comerciantes informou à corporação que se não vender os produtos ilegais, eles ficam fora do mercado, pois há muitos compradores. “A procura por essas mercadorias é muito grande. As pessoas acreditam que é brincadeira, mas não é. Pode dar problemas de saúde e até matar”, alertou Mônica. 

Penas

No caso do proprietário da loja de suplementos, que foi preso nesta quarta (1), ele será indiciado por crime contra a saúde pública, na modalidade dolosa – quando tem a intenção de matar a vítima – e poderá pegar de 10 a 15 anos de prisão, sem direito a fiança. 

Já os envolvidos nas duas primeiras ações puderam pagar uma fiança no valor de R$2 mil e responderão em liberdade. Diferente da prisão ocorrida nesta quarta, eles serão indiciados por crime contra a saúde pública, mas na modalidade culposa – quando não tem a intenção de matar. Se condenados, poderão pegar de um a três anos de reclusão. 

 

 

 

 

 

 

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