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Brasília

Pediatria em UPAs passará por mudanças para conter superlotação em emergências

Arquivo Geral

01/04/2015 18h05

Uma série de mudanças no atendimento pediátrico das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal foram anunciadas nesta quarta (1º) pela Secretaria de Saúde. O objetivo da pasta é conter a superlotação das emergências infantis no período em que as crianças ficam mais suscetíveis a contrair doenças respiratórias, como o vírus causador da bronquiolite. A ação deve durar cerca de 30 dias, até que novos profissionais sejam contratados. As medidas foram anunciadas pelo subsecretário de Atenção à Saúde, Tadeu Palmieri.

“A pediatria está em um momento de surto de bronquiolite e isso tem causado sobrecarga nas nossas emergências, principalmente no Hospital Materno-Infantil”, disse Palmieri. O surto de infecção pelo vírus causador da doença ocorre normalmente duas vezes por ano: em abril e em setembro, meses de maior variação climática.

Mudanças

A UPA de Ceilândia ficará fechada durante o período. Segundo o subsecretário Tadeu Palmieri, os médicos da unidade foram transferidos temporariamente para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde os atendimentos emergenciais serão reforçados diante da alta demanda típica do período.

A medida emergencial também atinge as UPAs de Samambaia e do Recanto das Emas. Haverá, neste mês, escala de trabalho. Os profissionais dessas regiões administrativas se concentrarão em uma das unidades em dias da semana distintos. De domingo a terça-feira, o atendimento será em Samambaia e, de quarta-feira a sábado, no Recanto das Emas. Pelo menos dois médicos ficarão disponíveis em cada turno.

Palmieri recomenda aos pais de crianças com sintomas de mal estar leves que priorizem o atendimento nos postos de saúde e evitem levar seus filhos aos hospitais nesse período. “O atendimento vai demorar e o risco de contágio é maior. Recomendo a procura pelos centros de saúde que terão reforço para cuidar dos casos menos graves”, disse.

Duas ambulâncias estarão à disposição nas UPAs para transportar os pacientes graves que chegarem nos dias em que a pediatria estiver fechada. 

Reforço

A quantidade de pediatras nas UPAs de Ceilândia, de Samambaia e do Recanto das Emas era insuficiente para completar a escala de pelo menos dois profissionais por turno. O remanejamento permitirá a presença de mais médicos. Naquelas unidades que não estiverem com atendimento pediátrico, duas ambulâncias ficarão disponíveis para fazer remoções de casos mais graves.

A medida terá duração de 30 dias, tempo que a secretaria espera receber autorização para contratar cerca de cem pediatras já aprovados em concurso público. Uma parte vai cobrir as vagas de profissionais temporários com contratos que serão encerrados ao longo do ano. A outra, será distribuída nos hospitais de Taguatinga, do Gama, de Ceilândia, de Sobradinho e de Brazlândia.

“Como teremos poucos médicos, não adianta pulverizar em toda a rede. Optamos por concentrar nos locais mais críticos”, explicou o subsecretário. Ainda segundo Palmieri, a rede pública de saúde tem, atualmente, uma defasagem de 276 pediatras. A expectativa é de que, caso sejam aprovadas as novas contratações, os cerca de cem profissionais comecem a trabalhar ainda em maio.

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