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Brasília

Fêmea de tatu-bola é a mais nova moradora do Zoológico de Brasília

Arquivo Geral

30/03/2015 19h40

Após ganhar popularidade por ter sido o mascote da Copa do Mundo FIFA de 2014, o tatu-bola cativou o público e ganhou mais atenção. Inspirado pelo evento, o Zooólgico de Brasília divulgou, nesta segunda (30), a chegada de uma moradora, uma tatu-bola fêmea. Ela veio fazer companhia para o macho da espécie, chamado Juca, que chegou em janeiro deste ano e estava sozinho até a semana passada.

Luta contra a extinção

O animal é o atual protagonista do programa de conservação de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvido pelo Zoológico de Brasília. Em função da importância do projeto, a fêmea, ainda sem nome, foi entregue recentemente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) à curadoria de mamíferos.

Felipe Reis, biólogo e diretor de mamíferos do Zoológico, explica que, hoje, o tatu-bola encontra-se na categoria “em perigo” na lista vermelha da espécies ameaçadas de extinção. “O animal, caraterístico da caatinga e do cerrado, sofre com a perda de habitat. E além disso, é muito sucetível à caça humana, por ser fácil de se capturar”, explica.

A escolha do nome

A população vai poder opinar e auxiliar na escolha do nome da nova companheira de Juca. Eris Dias, Assessor de Comunicação do Zoológico, informou que uma enquete, que ficará disponível no site do Zoo, vai definir em breve, qual será o nome da fêmea de tatu-bola. “Ainda não há data definida, mas ocorrerá nos próximos dias. A população brasiliense pode acompanhar pelo página do Zoo na internet”, revelou.

Referência em pesquisa

O Zoológico de Brasília foi escolhido para receber a fêmea por conta do programa de conservação e pesquisa que realiza. A capital é referência em reprodução e exporta animais do cerrado concebidos aqui para vários outros Zoológicos.

Eris Dias enfatizou que o bem-estar e adaptação dos animais são prioridade. “O ambiente em que o casal está foi planejado com tipos diferentes de solo e vegetação, referentes ao habitat natural deles”, esclareceu o assessor. Segundo ele, só em um local apropriado, ocorre a boa adaptação. E assim, naturalmente, eles passam a se reproduzir, o que é o maior objetivo.

De acordo com o biólogo Felipe Reis, existe um plano de ação dessa espécie que contempla também o cativeiro. Nele, são realizadas pesquisas sobre comportamento, reprodução e localização da espécie. “Ainda não se sabe nada sobre a reprodução do tatu-bola, por isto, este casal será usado para estudo e apredizado”. 

Acasalados

“No Zoológico de Brasília há outros animais que não estão acasalados”, comunicou o biólogo. “Alguns por opção, que tem hábitos mais solitários, e outros que estão aguardando outro indivíduo para formar casal”, disse. Um exemplo é Sol, uma fêmea de Mico-leão-dourado que está sozinha, em cativeiro, à espera de um companheiro.

Visitações noturnas

Segundo o diretor dos mamíferos do zoológico, “o tatu-bola é um animal insectívoro frugívoro. Ou seja, come insetos, frutas e também um pouco de carne”. Ele completou especificando que a espécie tem hábitos crepusculares noturnos, sendo assim, dificilmente aparecem sob a luz do dia. 

Animais como leões, tigres, onças, gato do mato, jaguatirica, lobo guará, cachorro do mato, serpentes, macaco da noite, guaxinim e o próprio tatu-bola tem dentre outras, uma coisa em comum: hábitos noturnos. Levando isso em consideração, aqui em Brasília o Zoológico oferece passeios noturnos aos visitantes. 

As visitas ocorrem três vezes por semana. Às segundas e quartas, o Zoológico atende a comunidade e, às sextas, as escolas do Distrito Federal. A turma formada para o passeio é de aproximadamente 40 pessoas. Se exceder essa expectiva, os visitantes são dividos em mais de uma turma. 

De acordo com Eris Dias, as visitas devem ser agendadas com a Diretoria de Conservação Ambiental (DICAM), cujos contatos estão registrados no site www.zoo.df.gov.br. O biólogo Felipe Reis enfatizou que estas visitações contam com o apoio de técnicos e monitores da Superintendência de Educação Ambiental. Estes profissionais habilitados explicam a importância das espécies, o nível de ameaça e outras infomações.

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