O corpo de Bruno Alves de Oliveira Feitosa, morto após ser esfaqueado durante uma discussão em Sobradinho II, foi enterrado no cemitério da cidade na tarde de ontem, dia em que completaria 27 anos. Até o fechamento desta edição, o autor do crime continuava foragido. Segundo a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), a 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) investiga o caso.
De acordo com testemunhas, Bruno era filho de um líder da União de Negros pela Igualdade (Unegro), organização ligada ao PCdoB. Segundo um amigo da vítima, um estudante de 17 anos, que estava bastante emocionado após o sepultamento, a morte do jovem representa uma perda para toda a comunidade. “O Bruno era tatuador e estava construindo seu estúdio. Ele era muito trabalhador, não tinha problema com ninguém, todo mundo gostava dele. Éramos amigos há muito tempo, estou muito triste”, conta.
Ainda segundo o estudante, a mãe do tatuador está muito abalada. “Ela já é uma senhora e está sobrevivendo à base de remédios, tanto que não conseguiu chorar no enterro de tão dopada. É muito sofrimento. O Bruno tinha mais dois irmãos”, lamenta, ressaltando que, ao ser esfaqueado, a vítima correu para pedir ajuda na sua casa. “Minha rua está cheia de marcas de sangue, inclusive, na porta da minha casa, pois o Bruno veio me pedir socorro, mas não teve forças para isso, ele caiu no chão em frente ao meu portão e, em seguida, já foi levado para a delegacia por outros amigos”, acrescenta.
O homicídio ocorreu na madrugada do último sábado, por volta de 1h40, na AR 5, conjunto 8, em Sobradinho II. Segundo testemunhas, Bruno estava acompanhado de mais dois amigos quando um homem o atacou pelas costas e o esfaqueou. Os dois teriam iniciado uma discussão minutos antes do crime.O motivo ainda é desconhecido.
