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Brasília

Escritório de Gênero é criado para policiais mulheres no DF

Arquivo Geral

05/03/2015 11h17

O Comando da Polícia Militar do Distrito Federal, na agenda de eventos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, anuncia oficialmente um acontecimento histórico: a criação do Escritório de Gênero. O escritório funcionará nas instalações do Estado-Maior, e marca um avanço nas políticas públicas voltadas para as mulheres dentro da corporação.

A Tenente-coronel Denise Dantas, soma 29 anos de serviço policial militar e é especialista na questão. A oficial é pós-graduada em Gerenciamento de Crises Internacionais e conta com ampla experiência em Missões de Paz da ONU na Ásia e na África. Ela foi designada a iniciar este processo inédito e precursor. “O objetivo é incorporar as perspectivas de Gênero na Instituição sob a ótica das políticas voltadas para as mulheres, no âmbito federal, distrital e até em acordos internacionais”, afirma ela.

O Escritório de Gênero terá como prioridade o levantamento das demandas das policiais militares da Corporação. Segundo a Tenente-coronel Denise, muitas melhorias surgiram desde a década de 80, época em que as mulheres ingressaram na Polícia Militar do Distrito Federal. Hoje, a PMDF possui uma das melhores políticas internas voltadas para policiais gestantes, dentre as forças de segurança pública do país. Existe também a necessidade de traçar um novo perfil da policial militar recém-incorporada. A militar afirma que embora tenham avançado, ainda há muito a ser feito em relação às políticas de igualdade de Gênero institucional.

A respeito do que as policiais podem esperar de avanço e quais necessidades serão avaliadas por meio do escritório, a Tenente-coronel relacionou algumas prioridades, tais como: equipamentos apropriados à anatomia feminina; aumento da participação das mulheres nas decisões institucionais; aumento do número de mulheres em cargos de comando e chefia. “Além disso, é importante um ambiente de trabalho com alojamentos em conformidade com as necessidades especificas das mulheres”, disse a oficial. Ela enfatiza ainda a dificuldade em relação às policiais militares enviadas às Missões de Paz da ONU, que necessitam de atenção especial, ainda que à distância.

Aposentadoria e jornada de trabalho são temas ainda sob avaliação técnica. Existe também uma comissão da qual a Tenente-coronel faz parte, que realiza ementas em conteúdos programáticos da Disciplina de Direitos Humanos nos diversos cursos da corporação, envolvendo grupos vulneráveis. Outro assunto em pauta é o enfrentamento da feminilização da criminalidade no Distrito Federal, assunto novo a ser discutido.

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