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Brasília

Distrito Federal registra pequeno aumento na taxa de desemprego

Arquivo Geral

25/02/2015 16h15

 A taxa de desemprego total no Distrito Federal apresentou pequeno aumento em janeiro em relação a dezembro de 2014, passando de 11,7% para 12%. A informação vem da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada hoje pela Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo, pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A situação, no entanto, é típica do período. “No final do ano, há contratações dos temporários e quando inicia janeiro, normalmente, existem as demissões”, explica a técnica do Dieese Adalgiza Amaral, que no órgão é a coordenadora da PED/DF. “No primeiro trimestre, faz-se aquele ajuste de mercado de trabalho para iniciar sem essas contratações temporárias resultantes do aquecimento da economia, que ocorre no últimos meses”, completa.

No setor privado, houve aumento de 1,5% (9 mil) no número de assalariados com carteira assinada, comparando-se janeiro com dezembro do último ano. Já no emprego sem carteira a retração foi de 6,7% (7 mil empregados). A carteira assinada possibilita ao trabalhador proteções e garantias, como férias e seguro-desemprego.

Durante o mesmo período, ocorreu redução de 4,9% do número de ocupados entre os autônomos (8 mil). Essa diminuição, segundo Adalgiza, também tem relação com a época, já que aqueles que estavam trabalhando durante o aquecimento do mercado de trabalho no fim do ano não encontram, no início, tantas oportunidades.

Os números mostram também queda, em janeiro, de 1,2% no número de empregados domésticos em relação a dezembro de 2014. A redução é maior quando comparada a janeiro de 2009, por exemplo, quando foram registrados 100 mil empregados domésticos. No mesmo período de 2015, o número foi de 81 mil.

O estudo analisou, ainda, as taxas de desemprego por grupos de regiões administrativas e ordenadas segundo o nível de renda. Nesse quesito, comparando-se janeiro de 2015 a dezembro de 2014, o grupo 3 — que engloba as regiões de renda mais baixa, como Samambaia, Ceilândia e Santa Maria — houve estabilidade na taxa de desemprego: de 14,7% para 14,9%.

Os grupos de regiões de renda mais elevada (grupo 1, com cidades como o Lago Norte) e de renda intermediária (grupo 2, que inclui Taguatinga, por exemplo) assinalaram aumento de 5,4% para 5,8% e de 8,9% para 9,5%, respectivamente. Apesar dessa elevação, os números de janeiro representam queda em comparação aos dados do mesmo mês em 2005.

Os índices também mostram que, entre novembro e dezembro de 2014, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 1,6% (de R$ 2.598 para R$ 2.638) e o dos assalariados, 1,3% (de R$ 2.737 para R$ 2.773). Destaque para o rendimento médio dos autônomos, que aumentou 8,4% (de R$ 1.656 para R$ 1.795).

Para o secretário do Trabalho e do Empreendedorismo, Georges Michel, a partir dos dados de pessoas empregadas e desempregadas, é possível elaborar políticas públicas de emprego: “O intuito é que nós possamos, por meio, principalmente dos empregadores, buscar a necessidade que eles têm de mão de obra, que tipo de emprego estão oferecendo, a fim de que nós possamos qualificar essas pessoas para aqueles setores”.

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