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Brasília

Doutrina do Hare Krishna segue viva na capital

Arquivo Geral

24/02/2015 6h30

Há 50 anos, a Sociedade Internacional Para a Consciência de Krishna (Iskcon), popularmente conhecida como Hare Krishna, invadiu o Ocidente. Com um mantra alegre, transformou comportamentos e influenciou a moda e a culinária. Era comum ver pessoas com um corte de cabelo diferenciado, usando roupas em tons laranja, cantando e dançando o hino Krishna. Anos após sua chegada, a doutrina causa menos frenesi, mas continua crescendo. São mais de 400 templos espalhados pelo mundo, 200 seguidores em Brasília e mais de dez mil em todo o Brasil. Para provar que o movimento segue vivo, a comunidade promoverá o Festival Goura Purnima (Lua Dourada, em português) no próximo dia 5, no Lago Norte.

Tradição monoteísta da cultura Hindu, o Hare Krishna se baseia na Canção de Deus – que prega o entoar do mantra Krishna como o meio mais eficaz para alcançar o autoconhecimento e a realização pessoal. Mas não é só isso. Para adquirir a consciência Krishna, os seguidores meditam, praticam Yoga, tocam instrumentos indianos, participam de cultos, estudam as escrituras, compartilham refeições vegetarianas e promovem o companheirismo.

Presidente do movimento em Brasília, o professor de Biologia Daniel Lucena, 27 anos, é conhecido no meio por seu nome iniciativo: Sandy Pani. Ele dirige um centro cultural Krishna na 116 Norte e explica que não é preciso deixar uma religião para seguir a doutrina. 

“Pregamos o amor a Deus e suas criaturas. Minha família é católica e eu ainda frequento a igreja esporadicamente. Acho que depois de aderir ao movimento minha compreensão sobre os ensinamentos de Jesus Cristo até aumentou”, alega. 

Impurezas

Quem chega ao centro é convidado a retirar os sapatos. “É uma forma de não trazer impurezas para este ambiente que consideramos sagrado”, esclarece Pani. O cheiro de incenso também é marcante. “Oferecemos o aroma a Deus”, diz. 

Não existem exigências

Segundo Sandy Pani, não há exigências para ingressar no grupo. “Ofertamos um curso de formação uma vez por semana. É recomendável fazê-lo, mas não é obrigatório”, esclarece. 

Assim que entra, a pessoa recebe um nome iniciativo, pelo qual é  reconhecida no meio Krishna. “Os praticantes podem trabalhar e se casar. Aconselhamos apenas que não bebam, fumem ou usem qualquer tipo de entorpecente. Nossa mente já está muito poluída e não precisamos de mais influências externas negativas”, afirma.

Além disso, é recomendável direcionar a energia sexual para o cônjuge ou parceiro estável. “Essa energia é poderosa e tem a capacidade de transformar as relações. Por isso, deve ser utilizada de forma regrada”, argumenta. 

Festival

Para iniciar as comemorações pelos 50 anos da Sociedade Internacional para Consciência Krishna, a comunidade Hare Krishna de Brasília promoverá o Festival Goura Purnima (Lua Dourada, em português). 

 

O festival contará com a presença do palestrante Loka Saksi Prabhu, pioneiro do Iskcon no Brasil, além de um banquete com cardápio vegano – sem produtos de origem animal – e lacto-vegetariano.

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