O mistério continua. Quem será o sortudo da vez? Depois de a Caixa Econômica Federal divulgar que um dos quatro ganhadores da Mega da Virada fez a aposta em Brazlândia, os moradores da região querem saber quem foi o vencedor. As especulações são tantas na cidade que o proprietário da Lotérica União, onde os números foram marcados, confessa já ter tentado desvendar a identidade do felizardo por meio das câmeras de segurança. Porém, a tarefa é árdua e exige, pelo menos, mais de uma pista.
“A gente já sabe em qual caixa foi feita a aposta. Mas precisaríamos ter ideia do dia em que ela foi feita. Aí, o mistério continua, né?! A gente desconfia de uma ou outra pessoa, mas certeza mesmo não dá para ter. As meninas do caixa até disseram que um homem veio perguntar onde poderia retirar o prêmio, mas não tivemos mais notícias. Nem sabemos quem é ele”, afirma Iratan da Costa, de 50 anos.
Para ele, o novo milionário está escondido, esperando “a situação esfriar”. “É um perigo você ganhar todo esse dinheiro e sair espalhando por aí. Acho que ele ou ela é bem esperto e vai dar um tempo até revelar a identidade. Mas, com certeza, já não deve mais estar em Brazlândia. Se fosse comigo, eu ia dar um jeito de sumir. Só depois ia ostentar minha riqueza”, disse, rindo.
Enquanto o mistério não é revelado, resta a Iratan desejar que o sortudo seja merecedor do dinheiro. “Acho que uma pessoa com R$ 65 milhões pode fazer muitas coisas boas na vida, inclusive ajudar os outros. Por isso, espero que ele seja realmente digno do prêmio. E, se puder, peço que ele venha marcar uma presença aqui, para nos ajudar”, brinca.
Curiosidade
Na casa lotérica, os clientes não falam em outra coisa. Assim que se veem, logo perguntam: “É você o ganhador?”. Enquanto o mistério não é solucionado, resta a eles sonhar que pode ter sido alguém bem gente boa, que pretende fazer benfeitorias na cidade. “Bem que ele podia investir num clube aqui, né? Um shopping legal. Brazlândia precisa de um milionário para acreditar no potencial da cidade”, sonha a dona de casa Izelnice Carvalho, de 60 anos.
Jovem caixa é “pé quente”
A Caixa informou que, até a manhã desta segunda-feira(5), o felizardo ainda não havia se manifestado para receber a bolada, o ganhador tem um prazo de 90 dias para retirar o prêmio. Enquanto isso, na casa lotérica, uma das únicas pessoas que poderia saber quem é o ganhador diz não lembrar mais, já que foram muitas apostas.
“Senti uma emoção muito forte quando soube que a aposta foi feita no meu caixa, mas não sei mesmo quem é. Tem gente que diz ser um policial militar, mas não dá para saber ainda”, garantiu a caixa Cristielle Gueira, de 15 anos.
“Não dá para lembrar, porque vem muita gente aqui nesta época. Eu acredito que é um homem, mas ninguém tem certeza. Agora é esperar e ir investigando enquanto isso”, ressaltou a jovem, que deseja ao vencedor muita sabedoria na hora de gastar os seus milhões de reais.
“Tem gente que possui muito dinheiro, mas usa do jeito errado. Por isso, espero que ele seja uma pessoa de bom coração, que vá saber usar esse dinheiro. Agora, mudou toda a vida dele e acho que é preciso muita cautela. Desejo muita sorte a ele e muita saúde para poder investir bem e viver bem”, afirmou.
Provavelmente, acreditam os moradores de Brazlândia, o mistério não deve durar muito. Na cidade de 55 mil habitantes, boa parte das famílias se conhece. Segundo o dono da lotérica, da última vez em que um sortudo ganhou um prêmio no local, a identidade foi revelada em menos de dez dias. “A pessoa fez uma aposta na Quina e rapidinho descobrimos quem foi”, diz Iratan.
Saiba mais
Além do sortudo de Brazlândia, mais três apostas acertaram os seis números da Mega da Virada e vão dividir o prêmio de R$ 263 milhões do concurso especial 1.665, o maior da história das loterias no Brasil. Dois ganhadores são de São Paulo e outro é de Santa Rita do Trivelato (MT).
Outras 2.581 apostas acertaram cinco números e levaram R$ 19 mil. Com quatro acertos, 168.546 apostas receberam o prêmio de R$ 432,36. Os números sorteados foram 01, 05, 11, 16, 20 e 56. Essa é a terceira vez que alguém da capital federal ganha a Mega- Sena de fim de ano.
